Em resposta a recentes ataques de drones pelas forças ucranianas, a Rússia duplicou o número de golfinhos treinados para defesa na sua frota do Mar Negro.
A Rússia parece ter duplicado de três ou quatro para seis ou sete o número de golfinhos treinados para defender a sua frota do Mar Negro.
Os golfinhos amestrados, baseados na base naval de Sevastopol, na Península da Crimeia, são treinados para detetar mergulhadores das forças especiais ucranianas.
Estes mamíferos marinhos têm uma “vantagem inerente, pois ninguém consegue nadar mais depressa do que um golfinho”, explica H.I.Sutton, especialista em sistemas submarinos e subsuperficiais citado pelo Insider.
Capazes de atingir velocidades de 37 mph, estes golfinhos são treinados para detetar e proteger a base naval russa contra mergulhadores das forças especiais ucranianas que possam tentar infiltrar-se na base.
A base naval de Sevastopol é um importante porto e sede da frota do Mar Negro da Rússia na península da Crimeia, invadida pelas forças russas e anexada por Vladimir Putin em 2014.
Dispositivos recentemente desenvolvidos, que recebem e transformam os sinais de sonar dos golfinhos em sinais num monitor do operador, abrem ainda mais possibilidades no uso destes animais em operações de defesa.
A Rússia tem histórico na militarização de animais marinhos, que remonta à Guerra Fria, e já usou no passado golfinhos para impedir que operações submarinas ucranianas de sabotagem aos navios russos.
Além de golfinhos, também baleias beluga são usadas no âmbito do programa militar de mamíferos marinhos da Rússia. Estas baleias são treinadas para detetar minas e mergulhadores, e, alegadamente, usadas em operações de espionagem.
Tal parece ter sido o caso de uma baleia branca que apareceu na costa da Noruega, em 2019, levantando especulações de que seria a nova arma de espionagem da Marinha da Rússia.
Três anos depois, no passado mês de maio, a “espia russa”, à qual foi dado o nome de Hvaldimir, voltou a aparecer, desta vez ao largo da costa da Suécia.
Não se sabe ao certo se Hvaldimir é, de facto, um agente de espionagem russa, mas o arnês no seu dorso está equipado com um suporte de câmara com a frase “Equipamento de São Petersburgo”.
O uso de animais marinhos em operações militares não é exclusivo da Rússia. A Marinha dos EUA, assim como potencialmente a Suécia, Israel e a Coreia do Norte, são conhecidos também por treinar animais marinhos para fins semelhantes.
37 mph?!
Em Portugal/Europa e no Sistema Internacional de Unidades, a unidade de medida da velocidade é o km/h!
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo.
No contexto náutico, as velocidades são medias em mph (milhas náuticas por hora, ou “nós”, equivalente a cerca de 1.85 km/h)
No contexto náutico é admissível devido ao forte uso histórico naquele mundo e assim o aceita o SI, mas os leitores estão a ler num contexo informativo de língua portuguesa que está enquadrada em regras oficiais de escrita de unidades e medidas. Há coimas previstas. …
Ai Eu!, Eu!… toda a gente sabe que quando se refere a embarcações é milhas e não kms! E atenção que são milhas náuticas.