José Coelho / Lusa

O candidato à presidência da República Luís Marques Mendes
Há maratonas sem maratonistas? E política sem políticos? Henrique Gouveia e Melo ainda não anunciou a candidatura a Belém, mas Luís Marques Mendes já lhe deu as boas-vindas a esta “maratona”.
Na última quinta-feira, num artigo de opinião publicado no Expresso intitulado “Honrar a Democracia”, Henrique Gouveia e Melo parece ter dado o mote para uma candidatura a Belém.
O Almirante esclareceu a sua posição política: “entre o socialismo e a social-democracia, defendendo a democracia liberal como regime político”. Contudo, faltou esclarecer o mais importante: se vai ser candidato ou não à presidência da República.
Luís Marques Mendes assumiu que sim. Esta segunda-feira, na convenção “Pensar Portugal”, que decorre na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, o já candidato classificou o artigo de opinião de Gouveia e Melo como “uma declaração de candidatura” e saudou o Almirante, dando-lhe “as boas-vindas à maratona presidencial”.
A política aos políticos, diz Marques Mendes
Há maratonas sem maratonistas? E política sem políticos? Ao dar as boas-vindas à “maratona”, Luís Marques Mendes aproveitou para dar uma ‘bicada’ ao ex-chefe do Estado-Maior da Armada
Na sua intervenção, na convenção organizada pela organizado pela SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social), o ex-líder do PSD defendeu que “não há política sem políticos”.
“Não há política sem políticos. Ou temos na política políticos bons ou temos na política políticos menos bons. E como eu defendo boas decisões políticas, acho que boas decisões políticas só há com bons decisores políticos“, disse.
Opinião diferente tem Gouveia e Melo. No artigo de opinião no Expresso, o Almirante criticou que o Presidente da República tenha ligações a partidos.
Para o social-democrata Marques Mendes, a intenção do ex-chefe do Estado-Maior da Armada ficou clara.
“Vi esse artigo de opinião como uma declaração de candidatura à Presidência da República. E, por isso, saúdo Gouveia Melo por essa declaração de candidatura. É bem-vindo“, disse Marques Mendes, aos jornalistas.
O antigo comentador televisivo admitiu que um Presidente “não legisla, nem faz reformas”, mas pode ser “um árbitro, um mediador”, e destacou acordos de regime que fez quando era líder do PSD, entre 2005 e 2007. “Se alguém podia fazer como líder de oposição, pode fazer muito mais como Presidente da República“, acrescentou.
Miguel Esteves, ZAP // Lusa
Marques Mendes se fosse como dizes não concorrias a P.R. um P.R. para ser isento não deve ser militante de qualquer partido politico, podem entregar o cartão mas não deixam de ser do partido da sua filiação, para ser isento deve ser pessoas sem militância ou simpatias politicas, e eu até estou á vontade porque nunca votei nem votarei em candidatos a P.R, saídos dos partidos políticos.
ah? Político aos políticos? Para que não se acaba a mama?