A obesidade é um fator de risco para várias doenças, mas uma nova investigação mostrou que pode também aumentar o risco de infeção por covid-19.
Um novo estudo, realizado por investigadores do Mass General Brigham, nos Estados Unidos, descobriu que a obesidade pode ser um importante fator de risco para a infeção por covid-19.
Segundo o EurekAlert, após analisarem vários dados de saúde, os cientistas descobriram que os indivíduos com obesidade tinham 34% maior probabilidade de se tornarem positivos para a covid-19 após a exposição ao vírus do que indivíduos com um peso normal.
As mais recentes descobertas, publicadas na PNAS Nexus, indicam que a obesidade, um fator de risco bem conhecido para sintomas mais graves e complicações do vírus, pode também aumentar o risco de infeção.
“Já sabíamos que a obesidade aumenta o risco de complicações graves, mas ficamos surpreendidos ao descobrir que também aumenta a probabilidade de contrair o vírus”, referiu o investigador Masanori Aikawa.
“Estes resultados sugerem que a obesidade pode desempenhar um papel mais significativo na transmissão da covid-19 do que pensávamos até agora. Além disso, as nossas descobertas somam-se ao crescente corpo de evidências de que manter um peso saudável é muito importante para a saúde em geral”, acrescentou.
Nesta investigação, a equipa analisou dados de mais de 72 mil participantes que relataram contacto ou suspeita de exposição à doença. Os autores observam, no entanto, que como o estudo se baseou em informações relatadas pelos participantes sobre a exposição ao vírus, pode não refletir com precisão a exposição real.
Além disso, a investigação foi conduzida num único sistema de saúde em Massachusetts, pelo que os resultados podem não ser generalizáveis para outras populações.
No futuro, estudos poderão ser mais específicos e averiguar os mecanismos biológicos que podem explicar por que motivo indivíduos obesos podem ser mais suscetíveis, além de ajudarem a identificar novos alvos de medicamentos ou abordagens de vacinação.
Ainda assim, a equipa afirma que a sua esperança é que esta investigação sirva como um lembrete para a importância de manter um estilo de vida saudável e reduzir o risco à medida que as taxas de covid-19 aumentam.