A NASA quer colocar uma estrela artificial em órbita da Terra

Eliad Peretz / NASA

A NASA está a planear colocar uma “estrela artificial” em órbita da Terra até 2029. O objetivo é calibrar os telescópios terrestres.

Os astrónomos lidam normalmente com o que é muito, muito grande – grandes telescópios, galáxias gigantes e estrelas que explodem em massa.

Mas uma das ferramentas astronómicas mais revolucionárias da década é um Cubesat — um mini-satélite do tamanho de uma caixa de sapatos — chamado Landolt.

Equipado com oito lasers, o Landolt irá orbitar a Terra a 35.800 quilómetros de altitude.

Do solo, os astrónomos serão capazes de medir com mais precisão o brilho de um objeto espacial e compreender melhor alguns dos maiores mistérios do nosso Universo, nomeadamente a matéria escura.

Segundo o Science Alert, este pequeno objeto não será visível a olho nu devido ao seu baixo brilho e, no seu primeiro ano em órbitra, vai parar numa posição fixa sobre os Estados Unidos.

O satélite vai disparar lasers com um número específico de partículas de luz, ou fotões, que os astrónomos podem usar para calibrar is seus telescópios para medir a luz.

Este processo pode ajudar a eliminar muitas das suposições que os investigadores fazem quando usam estrelas reais para calibrar os seus instrumentos.

Atualmente, não há forma de saber exatamente quanta luz as estrelas reais emitem porque não é possível enviar uma sonda para medir com precisão o seu brilho. Além disso, a atmosfera da Terra absorve muita luz do Espaço, o que também pode afetar as calibrações.

“É por isso que esta missão Landolt é tão importante”, explica Richey-Yowell, investigador do Lowell Observatory, no Arizona, EUA.

Para os astrónomos, o Landolt é como se lhes tivessem dado um puzzle de 1000 peças que só tivesse metade do número de peças — e depois alguém lhes oferecesse mais algumas centenas de peças.

“Se enviarmos uma missão como esta, onde sabemos exatamente quantos fotões, quanta luz por segundo, vem deste satélite, então poderemos usá-la para comparar e medir com mais precisão a luz de outros objetos, como estrelas reais”, detalha o astrónomo norte-americano.

ZAP //

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