Portugal entra no horário de inverno na madrugada deste domingo. O relógio atrasa 60 minutos quando forem duas da manhã.
Portugal continental e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores vão atrasar os relógios uma hora na madrugada do próximo domingo, dando início ao horário de inverno.
Esta noite — ou para ser mais preciso, na madrugada deste domingo — os relógios devem ser atrasados 60 minutos quando forem 02h00, passando assim para a 01h00 em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira.
Já na Região Autónoma dos Açores, a mudança é diferente: será feita à 01:00, passando para as 00:00.
O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva (lei comunitária) de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão. Mas afinal: para quê mudar a hora?
Não era para acabar com a mudança de hora?
A proposta de abolir a mudança da hora continua suspensa. A discussão foi sendo adiada por causa da pandemia de covid-19 e, segundo fonte do Conselho da União Europeia consultada pelo Público, ainda não há novidades sobre o tema.
O debate sobre a mudança da hora não faz parte do plano da presidência francesa do Conselho da União Europeia e só nas próximas semanas se saberá se integrará a agenda do próximo país que presidirá o Conselho, a República Checa.
O presidente da Comissão Europeia defendeu em 2018 a supressão da mudança da hora, responsabilizando cada Estado-membro por escolher o horário de inverno ou de verão no seu discurso sobre o “Estado da União”. O Parlamento europeu concordou, ficando a faltar apenas a posição favorável do Conselho da União Europeia.
O objetivo era acabar com a mudança da hora em 2021, mas desde 2019 que não houve avanços em relação a esta posição do Conselho da União Europeia.
De acordo com o diário, houve uma atualização no Jornal Oficial da União Europeia em que se divulgaram datas para que se continue a mudar a hora até ao final de 2026. Caso exista uma posição comum entre os Estados-membros para abolir a mudança horária, estas datas não serão vinculativas.
A ser aprovada, a decisão obrigaria Portugal a escolher entre manter o horário de inverno ou o de verão para sempre.
Neste momento, não há indicações de quando é que o processo voltará a avançar.