Os Estados Unidos e a União Europeia decidiram já levantar as sanções aplicadas ao Irão, depois de a AIEA – Agência Internacional de Energia Atómica ter confirmado que o país cumpriu todas as exigências, entrando em vigor o acordo nuclear assinado em julho, em Viena.
A Agência Internacional de Energia Atómica confirmou este sábado que o Irão cumpriu as exigências para pôr em marcha o histórico acordo nuclear assinado em julho passado, em Viena, e para levantar as sanções internacionais ao país.
Logo após o anúncio da AIEA, tanto o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou que o país iria levantar as sanções contra o Irão, como os 28 Estados-Membros da União Europeia, segundo disse uma fonte europeia à agência de notícias France-Presse, AFP.
Em Viena, John Kerry afirmou que “os compromissos dos Estados Unidos quanto à aplicação de sanções, conforme descritos no acordo nuclear de julho, já estão a fazer efeito”.
Também na capital austríaca, a alta representante da União Europeia para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, disse que, “como o Irão cumpriu os seus compromissos, hoje, as sanções económicas e financeiras nacionais e multilaterais relacionadas com o programa nuclear do Irão são levantadas, como previsto”, no acordo de julho.
Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos e da União Europeia, John Kerry e Federica Mogherini, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohammad Javad Zarif, estiveram hoje em Viena, para finalizar as conversações do acordo nuclear, assinado em julho passado.
ONU também suspende sanções
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas também suspendeu as sanções ao Irão, depois da confirmação da AIEA.
Espanha, como país presidente da Comissão de Sanções ao Irão, anunciou o fim do regime de medidas contra Teerão, depois de ter recebido o relatório da AIEA, que dá “luz verde” para iniciar o acordo nuclear assinado em Viena.
Tal como estava previsto, esse passo significa a dissolução da própria Comissão de Sanções e a entrada em vigor das medidas contidas na Resolução 2.231 do Conselho de Segurança da ONU, que ratificou, em julho, o acordo nuclear.
ZAP / ABr