Mais de 30 pessoas morreram esta terça-feira na sequência da explosão de uma bomba na cidade de Yola, no nordeste da Nigéria, referiu a Agência Nacional de Emergência da Nigéria.
“Contámos até agora 32 mortos e cerca de 80 feridos”, disse o coordenador da agência em Yola, Sa’ad Bello.
Segundo Aliyu Maikano, porta-voz da Cruz Vermelha, o local do atentado acolhe um mercado, um restaurante e uma mesquita.
A explosão ocorreu às 20:20 locais, no distrito de Jambutu, poucos dias depois de o presidente do país ter assegurado que o grupo extremista Boko Haram estava prestes a ser derrotado.
Na sexta-feira passada, o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, visitou Yola para condecorar soldados, visitar um campo de refugiados e prometer o fim do grupo jihadista Boko Haram, após seis anos de uma guerra que já deixou 17 mil mortos.
Nos últimos meses, o Boko Haram atacou em diversas ocasiões aquela cidade.
Este é o primeiro atentado em novembro na Nigéria, o que parece indicar que a estratégia do Exército de cortar as fontes de financiamento do Boko Haram está a produzir resultados.
Mas o atentado desta terça-feira em Yola é ainda assim um sinal da dificuldade em neutralizar completamente a ameaça do Boko Haram, em particular nas zonas mais povoadas do país.
O grupo extremista pretende instaurar um califado no norte da Nigéria, maioritariamente muçulmano, ao contrário do sul, de maioria cristã.
A violência da insurreição do Boko Haram e da sua repressão pelas forças armadas nigerianas já causaram mais de 17 mil mortes desde 2009 e perto de 2,6 milhões de deslocados e refugiados nos Camarões, Chade e Níger.
ZAP / Lusa