O primeiro-ministro australiano, Malcom Turnbull, anunciou esta segunda-feira a eliminação do sistema de concessão de títulos de cavaleiros e damas no país, restabelecido em 2014 e que abalou a administração do seu antecessor, Tony Abbott.
Turnbull, que há anos faz campanha para que a Austrália deixe de ser uma monarquia constitucional para se converter numa república, disse que tais condecorações “não são apropriadas” ao “sistema moderno de louvores” do país.
A Austrália tinha abandonado o sistema de concessão de títulos de cavaleiros e damas em 1976. Estes foram reintroduzidos durante um curto período em 1986, voltando a cair, e foram trazidos novamente no ano passado, por Abbott. Apesar das mudanças na atribuição de novos títulos, os cavaleiros e damas já agraciados mantêm a sua condição.
O Gabinete australiano pediu à rainha Isabel II de Inglaterra, que é a chefe de estado da Austrália, que altere os documentos vinculados à Ordem da Austrália para que se deixem de outorgar os títulos de cavaleiros e damas.
A rainha aceitou esta recomendação, segundo um comunicado do gabinete de Turnbull, que destaca que as condecorações da Ordem da Austrália já reconhecem os serviços dos cidadãos do país oceânico.
A 26 de janeiro deste ano, data em que é comemorado o Dia da Austrália, o então primeiro-ministro Tony Abott outorgou o título de cavaleiro ao príncipe Felipe, marido da rainha Isabel II, o que causou indignação entre a opinião pública.
A medida de Turnbull foi criticada pelo acérrimo defensor da monarquia, David Flint, que o acusou de querer “vingar” o fracasso do referendo de 1999, em que 54,87% rejeitou uma proposta para adotar o sistema republicano, segundo o diário Sydney Morning Herald.
/Lusa
Obviamente, já estão fartos das palhaçadas da suposta monarquia.
Também gostava de perceber como é que em pleno ano de 2015, um país supostamente civilizado, e SEM família real, pode ter uma monarquia!…