Coreia do Sul ameaça Norte e promete retaliação

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Edward N. Johnson / USGov

Soldados da Coreia do Norte em vigilância na zona desmilitarizada entre as duas Coreias

Soldados da Coreia do Norte em vigilância na zona desmilitarizada entre as duas Coreias

A Coreia do Sul acusou hoje a Coreia do Norte pela instalação de uma mina terreste que feriu dois soldados numa missão de patrulha na semana passada, e ameaçou fazer “pagar um preço elevado” a Pyongyang pela alegada agressão.

“As nossas forças armadas… vão fazer a Coreia do Norte pagar um preço elevado, proporcional à sua provocação”, disseram em comunicado os chefes de Estado Maior da Coreia do Sul.

Dois soldados sul-coreanos ficaram feridos hoje na sequência de uma explosão na Zona Desmilitarizada (DMZ), perto da fronteira com a Coreia do Norte, que terá resultado de um acidente, embora se aguarde uma investigação mais exaustiva.

A explosão ocorreu às primeiras horas de terça-feira da semana passada em Yeoncheon, na província de Gyeonggi, no noroeste da Coreia do Sul, disse um porta-voz do Ministério da Defesa à agência Efe.

As autoridades sul-coreanas analisam a possibilidade de um dos dois militares ter pisado uma das minas enterradas na parte sul-coreana da DMZ, considerando praticamente descartada a hipótese de um eventual envolvimento da Coreia do Norte no incidente, de acordo com os media.

Os soldados sofreram ferimentos graves nas pernas, estando a receber tratamento num hospital militar.

Horas depois da Coreia do Sul ameaçar o seu vizinho do norte pelo incidente, o país declara que vai voltar a fazer propaganda na fronteira.

“Os nossos militares decidiram voltar a utilizar a propaganda em radiodifusão (altifalantes) ao longo da fronteira”, disse um porta-voz do Ministério da Defesa.

Durante anos, os altifalantes estiveram posicionados em mais de uma dúzia de pontos ao longo da fronteira, sobretudo para transmitir as vantagens da vida na Coreia do Sul.

Esta prática foi interrompida por um acordo em 2004 durante a reaproximação entre as duas Coreias, que haviam sido iniciadas pelo Presidente sul-coreano Kim Dae-Jung.

A Coreia do sul ameaçou voltar à prática deste tipo de propaganda em 2010, após o naufrágio de uma corveta da marinha atribuído aos norte-coreanos.

Apesar dos altifalantes terem sido reinstalados, o governo coreano limitou-se a fazer algumas transmissões via rádio FM.

“Esta será uma retomada parcial e os altifalantes serão ligados para denunciar a provocação da Coreia do Norte em usar minas terrestres”, declarou o porta-voz ministerial.

/Lusa

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