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O Brasil tem uma “presidente sitiada” e o PT é “organização criminosa”

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Senado Federal / Flickr

O então Senador Aécio Neves cumprimenta a presidente da República, Dilma Rousseff, durante uma sessão solene do Congresso destinada à devolução simbólica do mandato presidencial ao ex-presidente João Goulart

Aécio Neves cumprimenta a presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff,

O político brasileiro Aécio Neves, que perdeu no ano passado as eleições para Dilma Rousseff, diz que o partido no poder é “uma organização criminosa” e considera que o país “tem uma Presidente sitiada”.

Numa longa entrevista publicada este domingo pelo diário “Correio Braziliense” o líder do Partido da Social Democracia Brasileira fala das eleições perdidas para Dilma Roussef, do Partido dos Trabalhadores, PT e diz que foi “uma luta absolutamente desigual”.

“Não perdi para um partido político. Perdi para uma organização criminosa que se apoderou do Estado”, afirmou na entrevista, na qual falou também da crise política e económica e das denúncias de corrupção e do conflito entre o Governo e o Congresso.

“O Brasil tem uma Presidente sitiada, ela vai para onde? Para ser vaiada?”, questionou o político, acrescentando que além das questões económicas há as morais e que Dilma Rousseff “mentiu aos brasileiros” para “vencer as eleições” e que isso “vai ficando mais claro” a cada dia.

Depois, advertiu, o escândalo de corrupção envolvendo a estatal Petrobras não para e está a afetar a economia do país.

“A gente fica vendo denúncia disso, denúncia daquilo… amanhã vai prender não sei quem”, disse na entrevista, acrescentando que no entanto o que mais fragiliza a Presidente é a economia.

“Tem uma crise que permeia todas as outras, estou falando do desemprego, da inflação, dos juros altos. É isso que vai emoldurar tudo aí, que é a crise de confiança hoje no Brasil. Ninguém está investindo”, afirmou, acrescentando: “sem confiança você não retoma o crescimento, não administra a base do Congresso. Ninguém respeita mais o Governo”.

As denúncias de corrupção já levaram a várias detenções e recaem sobre dezenas de empresários e políticos, a maior parte da bancada parlamentar do partido do Governo.

/Lusa

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