O mundo está a iniciar a sexta extinção em massa, com os animais a desaparecerem a um ritmo 100 vezes superior ao de uma normal extinção em massa, e os humanos podem estar entre as primeiras vítimas, segundo um estudo divulgado esta sexta-feira.
Nunca desde o fim da era dos dinossauros, há 66 milhões de anos, o planeta perdeu espécies a um ritmo tão rápido quanto o actual, segundo a investigação realizada por cientistas das universidades de Stanford, Princeton e da Califórnia, em Berkeley.
O estudo, publicado na revista Science Advances, “mostra sem qualquer dúvida que se está a entrar na sexta grande extinção em massa”, afirma um dos autores, Paul Ehrlich, professor de Biologia na Universidade de Stanford.
E os humanos estão entre as espécies que vão desaparecer, aponta o estudo — que os próprios autores consideram “muito conservador”.
Em 2010, o micro-biólogo australiano Frank Farmer previa já que a Humanidade se extinguirá em 100 anos, porque o nosso planeta será inabitável, por culpa do excesso de população, escassez de recursos e alterações climáticas.
E num artigo de opinião, publicado na Reuters também esta sexta-feira, o engenheiro e escritor norte-americano David Auerbach resgata a teoria de Farmer, e adverte: não resta muito tempo ao planeta.
A investigação de Paul Ehrlich pretendia determinar o impacto da actividade do Homem nos últimos 500 anos nas taxas de extinção de espécies vertebradas, e a que velocidade essas extinções estão a ocorrer agora.
Mesmo as estimativas mais conservadoras do estudo indicam que as espécies estão a desaparecer a um ritmo 100 vezes superior ao das anteriores extinções em massa, e não deixam dúvidas: estamos já na sexta extinção em massa na Terra.
“Se conseguir continuar, a vida vai levar muitos milhões de anos a recuperar e a nossa própria espécie deve ser das primeiras a desaparecer“, afirmou o principal investigador, Gerardo Ceballos, da Universidade Autónoma do México.
A análise é baseada em extinções documentadas de vertebrados, ou animais com esqueletos internos, como os sapos, répteis e tigres, em registos fósseis e outra informação histórica.
As causas da eliminação das espécies vão desde as alterações climáticas à desflorestação, entre outras.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, cerca de 41% de todas as espécies anfíbias e 26% de todos os mamíferos estão ameaçados de extinção.
A humanidade está fortemente dependente do clima e da biodiversidade – desde a polinização, à purificação das águas, até à pirâmide alimentar, o Homem depende do meio ambiente.
As conclusões do estudo de Paul Ehrlich agora publicado são simples: o Homem esteve nos últimos 500 anos a atirar uma bola de demolição contra a Biosfera.
E parece que a bola está a baloiçar de volta.
ZAP / Lusa
Extinção em massa da raça humana não, mas que 80% poderiam/deveriam desaparecer, lá isso é verdade.
Não queres começar a dar o exemplo?
Não me retirei da lista, nem te incluí.
Mas enfiaste a carapuça, foi? És tão sensível! És gaja?
Como pescador e caçador que fui interiorizei sem quaisquer dúvidas ao verificar nestes últimos 20 anos o desaparecimento das espécies aos milhares de milhões, entre outras, as perdizes, o coelho, as tolas bravas, as codornizes, os tordos, o pombo bravo, as parcelas etc. A humanidade ja nao chega ao fim do seculo. O cancro e uma doença galopante que ajudará ao seu desaparecimento a velocidade da luz. Um abraco a todos.