(cv) LIGO Lab Caltech : MIT / YouTube
Foto ilustrativa. Não representa a fusão captada agora pelo LIGO
Os astrónomos detetaram a fusão de buracos negros mais maciça de sempre – que deu origem a um monstro 225 vezes mais maciço do que o Sol. Isto poderá levar à descoberta de um tipo extremamente raro de buraco negro.
O Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferómetro Laser (LIGO) detetou, em 2023, a maior fusão de buracos negros de sempre.
Agora sabe-se que a fusão, que ocorreu na periferia da nossa galáxia Via Láctea, produziu um buraco negro cerca de 225 vezes mais maciço do que o Sol.
É quase o dobro do anterior recorde, que deu origem a um buraco negro final com uma massa de cerca de 142 sóis.
Como escreve a Live Science, esta descoberta teve foi feita pela Colaboração LIGO-Virgo-KAGRA (LVK), um grupo de quatro detetores que identificam eventos cósmicos cataclísmicos a partir das ondas gravitacionais que se propagam no seu rasto. Os investigadores apresentam os resultados esta semana na 24ª Conferência Internacional sobre Relatividade Geral e Gravitação (GR24).
As ondas gravitacionais são ondulações no tecido do espaço-tempo, cuja existência foi prevista por Albert Einstein e confirmada pelo LIGO em 2015.
Pela sua descoberta inovadora, os físicos envolvidos na investigação receberam um Prémio Nobel em 2017.
Mas o mais intrigante para os cientistas é a massa dos dois buracos negros: cerca de 100 e 140 vezes a do Sol.
“Para as estrelas realmente maciças, as nossas teorias dizem que o colapso é instável, e a maior parte da massa é levada pelas explosões de supernovas, e não se pode formar um buraco negro Não esperamos que se formem buracos negros entre 60 e 130 vezes a massa do Sol. Mas, nesta observação, os buracos negros parecem situar-se nesse intervalo de massa”, disse, à Live Science, Mark Hannam, professor de física na Universidade de Cardiff, no País de Gales, e membro da Colaboração LVK.
