Como a mudança de tempo dá dores de cabeça (e 5 armas para as combater)

Enxaquecas afetam milhões e até metade delas são causadas pelas alterações meteorológicas. Perceba como é que isso acontece e saiba o que fazer para minimizar o impacto das dores de cabeça.

As alterações meteorológicas estão entre os principais gatilhos das enxaquecas, que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.

Um estudo recente, por exemplo, indica que entre 30% e 50% das pessoas que sofrem de enxaquecas apontam as mudanças meteorológicas como um dos fatores que desencadeiam as crises. É um fenómeno comum, mas ainda pouco compreendido pela ciência.

Neurologistas e clínicos com experiência em cefaleias notam que pacientes com enxaqueca tendem a ter sistemas nervosos mais sensíveis. Mudanças ambientais como variações na pressão atmosférica, temperatura, humidade ou qualidade do ar podem ativar certas vias no cérebro responsáveis pela dor.

Como o tempo pode desencadear uma enxaqueca

Embora os gatilhos variem de pessoa para pessoa, há fatores climáticos frequentemente associados às crises. Um dos principais é a alteração da pressão barométrica, que ocorre, por exemplo, quando se aproxima uma tempestade e a pressão atmosférica desce.

Acredita-se que essa mudança possa influenciar a pressão dentro do crânio ou afetar o comportamento dos vasos sanguíneos cerebrais, estimulando terminações nervosas sensíveis à dor e desencadeando inflamação.

Temperaturas extremas — tanto calor intenso como frio em excesso — e alterações súbitas de temperatura também podem dar dores de cabeça. A humidade elevada ou variações rápidas nos níveis de humidade também são apontadas como potenciais desencadeadores.

Poluentes atmosféricos, como ozono e dióxido de azoto, também podem causar inflamação nos nervos ligados às enxaquecas; a exposição à luz solar intensa, devido à elevada sensibilidade à luz comum nas pessoas com enxaqueca, pode ser outro fator.

E há ainda indícios de que relâmpagos e ventos fortes possam agravar ou precipitar episódios de dor de cabeça intensa.

O que fazer para minimizar o impacto

Embora não seja possível controlar o tempo, existem estratégias para reduzir a frequência ou intensidade das crises, como explica o Gizmodo.

O primeiro passo é rastrear as enxaquecas e estar atento às condições meteorológicas. Manter um diário ou usar uma aplicação pode ajudar a identificar padrões — como dores que surgem antes da chuva ou em dias mais quentes — e ajustar a rotina ou a medicação conforme necessário.

Desenvolver hábitos saudáveis de alimentação, sono e exercício físico também é crucial, já que a desidratação, o sono irregular ou o jejum podem agravar os efeitos das alterações climáticas. Por isso, manter o corpo equilibrado reduz a vulnerabilidade.

Criar um ambiente adaptado às necessidades também pode ajudar. Em dias de sol forte ou humidade elevada, é preferível permanecer em espaços interiores. O uso de óculos escuros, máscaras para os olhos ou até óculos com filtro de luz azul pode ajudar.

Algumas pessoas relatam alívio com o uso de tampões auriculares específicos que reduzem a perceção de alterações de pressão.

Técnicas de relaxamento, como meditação, mindfulness ou biofeedback, têm demonstrado ajudar o sistema nervoso a reagir com menos intensidade aos gatilhos externos. Estas abordagens podem ser especialmente úteis em situações difíceis de evitar, como o tempo.

Outra opção é a medicação preventiva, que pode ser discutida com um profissional de saúde. Se as crises forem frequentes e relacionadas com o clima, existem tratamentos regulares — medicamentos, suplementos ou dispositivos de neuromodulação — que podem diminuir a ocorrência de enxaquecas.

ZAP //

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