Yuri Gripas ; POOL / EPA

Peter Hegseth, o secretário da Defesa dos EUA
Irão não contra-atacou caças norte-americanos, cuja missão, a mais longa dos B-2 desde o 11 de setembro, demorou meses a preparar, mas não visou o regime, tropas ou povo iraniano. A versão dos factos, contada pelos EUA.
O secretário da Defesa norte-americano disse este domingo que os Estados Unidos “não pretendem entrar em guerra” com o Irão, mas avisou que vão agir “rápida e decisivamente” caso os interesses dos EUA sejam ameaçados por Teerão como forma de retaliação.
A missão, denominado Operation Midnight Hammer (Operação Martelo da Meia-Noite) teve “êxito esmagador”, disse Pete Hegseth visou bombardeamentos a três grandes instalações do programa nuclear iraniano e não encontrou resistência iraniana, confirmou também o chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos, Dan Caine, em conferência de imprensa conjunta no Pentágono para explicar a operação de sábado à noite.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, admitiu hoje “claros impactos” nas instalações nucleares iranianas de Fordow, Natanz, que foi arrasada, e Isfahan, que está praticamente inoperacional. Mas no Conselho de Segurança da ONU, disse que “ninguém, nem mesmo a AIEA, está em condições de confirmar os danos subterrâneos” na central.
A missão, segundo o líder do Pentágono, não tinha como objetivo a mudança de regime iraniano.
“A operação não teve como alvo as tropas iranianas ou o povo iraniano. Trump afirmou há mais de 10 anos que o Irão não pode obter uma arma nuclear, ponto final. Graças à sua liderança ousada e visionária e ao seu compromisso com a paz através da força, as ambições nucleares do Irão foram destruídas“, disse Pete Hegseth.
Por sua vez, o chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos deu conta que o objetivo da operação, que foi destruir as instalações nucleares em Fordow, Natanz e Isfahan, tinha sido alcançado.
“Os danos finais de combate levarão algum tempo, mas as avaliações iniciais dos danos de combate indicam que os três locais sofreram danos e destruição extremamente graves”, disse Dan Caine.
Segundo o chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, a operação envolveu sobretudo sete bombardeiros furtivos B-2, diretamente responsáveis pelo ataque às instalações de Natanz, Isfahan e, sobretudo, Fordow, que foi atingida pelas bombas de alta penetração ‘Massive Ordnance Penetrator’ (MOP GBU-57), na primeira utilização operacional deste tipo de armamento em combate.
A operação envolveu mais de 125 aviões e uma manobra de dissimulação que colocou bombardeiros sobre o Pacífico como “isco”, segundo o general. A missão, que partiu de uma base no Missouri, foi a mais longa realizada por bombardeiros B-2 desde os ataques de 11 de setembro de 2001, acrescentou Caine.
Os Estados Unidos entraram este sábado na guerra de Israel contra o Irão, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano, enquanto o Presidente Donald Trump ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se “a paz não chegar rapidamente”.
Os Estados Unidos juntaram-se assim à ofensiva militar iniciada por Israel contra o país persa em 13 de junho, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano para fins militares.
Os ataques dizimaram infraestruturas militares e nucleares do Irão, que tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, assim como várias instalações militares espalhadas pelo país.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o seu país “ficou mais perto” dos objetivos que traçou para o Irão, após os bombardeamentos da aviação norte-americana na última madrugada contra instalações nucleares iranianas.
Já a Rússia desmente o “êxito” de Trump e avisa: vários países podem dar armas nucleares ao Irão.
Dos nove países com armas nucleares, Rússia, China e Coreia do Norte são aliados do Irão, além do Paquistão — a única potência nuclear do Médio Oriente.
ZAP // Lusa
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