A carqueja ajuda a tratar feridas diabéticas e reduz a dor

Estudo da Universidade do Minho mostra que esta planta comum nos bosques é benéfica na cicatrização de feridas em diabéticos e na redução da dor.

A carqueja ajuda na cicatrização de feridas em diabéticos e na redução da dor. A conclusão surge numa tese de doutoramento da Escola de Ciências da Universidade do Minho.

O estudo piloto mostra que esta planta comum nos bosques tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que pode ser usada em produtos farmacêuticos, alimentares e cosméticos.

Inês Laranjeira, cientista, incorporou o extrato de carqueja num creme e aplicou-o em feridas de animais com diabetes tipo 2 e osteoartrose.

“Tínhamos três grupos: num aplicamos o creme com extrato, noutro o creme sem extrato e no terceiro não tratamos; concluímos que as feridas cicatrizavam significativamente mais rápido no primeiro grupo”, explica Inês.

Segundo esta análise, o creme também pode ajudar na cicatrização de queimaduras e na psoríase em humanos ou mesmo em veterinária.

“Este creme tópico com extrato de carqueja é fácil de aplicar pelo dono do animal e evita outras intervenções, porém é difícil se falarmos em tratar feridas nos animais de produção, pode haver implicações na carne ou leite”, explica outra autora do estudo, Filipa Pinto Ribeiro.

O composto tem potencialidades clínicas, mas não se provou ainda benefícios estéticos como o tratamento de rugas ou facial.

A planta pode ser incorporada em champôs ou em formulações como suplementos nutricionais, por exemplo, sendo utilizada regularmente na medicina (auxilia na digestão, é dietética, ajuda no controlo da hipertensão e colesterol) e na cozinha tradicional portuguesa.

A pesquisa também confirmou as mais-valias medicinais das plantas alecrim-do-campo e estrela-do-egipto, lê-se em comunicado enviado ao ZAP. Comprovou os seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios.

O alecrim-do campo ajuda também a controlar a hiperglicemia, crucial para melhorar a cicatrização em feridas diabéticas. A estrela-do-egipto trava ainda a inflamação crónica ligada às feridas diabéticas, auxiliando no processo de recuperação dos tecidos.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.