Miguel A. Lopes / LUSA

Luís Montenegro, Nuno Melo e Paulo Rangel (AD) na varanda do Theatro Circo
Theatro Circo, em Braga, não tinha espaço para todos. Montenegro garante: “Só faz sentido governar se tivermos a legitimação da vontade do povo”.
Luís Montenegro reiterou nesta quarta-feira que a AD só será Governo se vencer as eleições do próximo domingo, defendendo que só faz sentido governar na base da “legitimação da vontade do povo”.
O presidente do PSD falava num comício da AD em Braga, que foi mudado do interior do Theatro Circo para a varanda, com a justificação de não existirem lugares suficientes para os apoiantes e para “não deixar ninguém de fora”, segundo o secretário-geral do PSD, Hugo Soares.
Na varanda do Theatro Circo, além do líder do PSD, estavam o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, o cabeça de lista da AD pelo Porto, Paulo Rangel, e o candidato do PSD à Câmara de Braga, João Rodrigues, entre outros.
O líder do PSD destacou “a boa opção” de fazer o comício de final de dia na rua.
“O ar condicionado aqui é mais eficiente e é muito mais barato e as duas coisas coadunam-se com aquilo que nós estamos a fazer também no Governo: estamos a ser mais eficientes e estamos a gerir melhor os recursos públicos que temos à nossa disposição”, gracejou.
Não estavam reunidas as condições de segurança para o comício ser dentro do teatro, adiantou a AD.
Hugo Soares lembrou os tempos de Cavaco Silva, que também fez campanha na mesma varanda, igualmente porque “não cabia tanta gente” lá dentro.
Nuno Melo, líder do CDS, acrescentou: “O teatro não chega. Só a rua. E é esta rua que vai fazer a justiça no próximo dia 18 de maio”.
Governa se ganhar
O líder da AD – Coligação PSD/CDS-PP salientou que já tinha deixado a garantia de que só governa se vencer, mas quis repeti-la, a quatro dias das eleições legislativas, numa mensagem que não tem estado presente nos seus discursos de campanha.
“Nós não estamos aqui para o jogo da trica política. Não estamos. Nós estamos aqui mesmo para governar. Nós achamos que só faz sentido governar se tivermos a legitimação da vontade do povo”, disse.
Por isso, reafirmou que a AD só formará Governo se vencer as eleições do próximo domingo.
“Se tivermos na raiz da nossa legitimidade a vossa vontade, a vontade das pessoas. E com a humildade e a autoridade de quem disse isso lá atrás, hoje é o dia para dizer”, considerou.
Montenegro voltou também a defender que “o único voto verdadeiramente útil para quem quer estabilidade política é na AD”, mas acrescentou que a opção na alternativa a esta coligação “é de quem não acredita em Portugal”.
“Porque o voto na alternativa à AD é o voto da instabilidade política. É o voto de quem não acredita em Portugal. É o voto de quem, quando está no Governo, não resolve, adia, não se preocupa em criar mais riqueza, preocupa-se apenas em distribuir a riqueza que nós somos capazes de criar”, acusou.
No final das intervenções, Luís Montenegro não respondeu a perguntas da comunicação social, tendo saído do teatro transportado em ombros pelos seus apoiantes até entrar no carro, terminando assim o antepenúltimo dia de campanha.
ZAP // Lusa
Foi realmente um teatro e um circo, mas muito medíocre e de má qualidade.