No dia em que mais uma Champions de hóquei em patins veio para Portugal, Rui Tavares (líder do Livre) fez uma revelação curiosa sobre o presidente do seu clube: “a grande paixão do Rui Costa era o hóquei em patins e não o futebol”.
A Liga dos Campeões de hóquei em patins veio, este domingo, para Portugal pela 11.ª vez (e pelo terceiro ano consecutivo). 34 anos depois, voltou a entrar pela força das stickadas do Hóquei de Barcelos.
Portugal é dos países mais gloriosos e com mais tradição neste desporto – do qual Rui Tavares é fã.
Este domingo, pouco depois da conquista portuguesa foi lançado um episódio do podcast Bom Partido, de Guilherme Geirinhas, cujo entrevistado foi o porta-voz do Livre.
Curiosamente, muito longe de se saber de mais uma conquista portuguesa na modalidade (uma vez que o episódio foi gravado há mais de um mês), um dos temas do programa foi o hóquei em patins.
Rui Tavares falou da estima que tem pelo desporto. Falou da felicidade que lhe dá o ter um filho que pratica a modalidade. E fez uma revelação espantosa: garantiu que “a grande paixão do Rui Costa era o hóquei em patins e não o futebol”.
“O Rui Costa, a certa altura, jogava hóquei em patins e futebol“, disse o líder político, que explicava a estima que os portugueses têm pela modalidade.
“Que Rui Costa?!”, respondeu Guilherme Geirinhas, com espanto. “O Rui Costa, que é agora presidente do Benfica”, esclareceu Tavares. “Jogava hóquei?!”, estranhou o humorista.
E foi aí que o historiador entrou em ação: “Garanto-te que sim, vai ver isso. A grande paixão do Rui Costa era o hóquei em patins, não era o futebol”.
Rui Tavares teorizou ainda que a qualidade para o futebol do antigo número 10 da seleção nacional e do Benfica poderia provir do hóquei.
“Há certas coisas do Rui Costa, enquanto jogador de futebol, como a precisão do passe longo, que são coisas muito típicas de jogadores de hóquei em patins. Porque os hoquistas têm aquela bolinha daquele tamanho e conseguem fazer um passe de um lado para o outro do ringue completamente preciso para o stick do companheiro de equipa. E, se calhar, a qualidade é daí que vem”, apontou.
De repente, exibindo um conhecimento acima da média (e talvez inesperado) no ramo do desporto, Rui Tavares disse que o seu homónimo não era caso único.”Rui Costa não é caso único. Nos Cinco Violinos, o Sporting tinha o Jesus Correia que era futebolista e hoquista“.
O porta-voz do Livre tinha começado por explicar a razão pela qual o hóquei o fascina, em particular: “O pessoal está a cuidar do hóquei em patins, porque é uma tradição em quatro países e o pessoal não quer que se perca. Há uma espécie de sacerdócio com aquilo, o pessoal cuida e ama o hóquei em patins“.
“Eu podia ter sido o melhor futebolista-historiador da Arrifana”
Recuando um bocadinho na entrevista, Rui Tavares revelou ter tido outro fascínio, quando era mais novo.
Ao contrário do hóquei, que nunca praticou, Tavares contou que jogou futebol quando era criança; e chegou a fazer um treino de captação no Benfica.
“Toquei duas vezes na bola (…) Da primeira vez peguei na bola e fiz um passe competente… tudo porreiro, estava tudo a correr bem. Depois, houve outra jogada em que a bola ‘pinga’ à minha frente, na quina da área… eu vi a minha grande oportunidade. Corro para a pequena área, dois ou três passos a controlar a bola… e chega a altura de chutar e o chuto saiu enrolado“, recordou.
“Eu podia ter sido o melhor futebolista-historiador da Arrifana”, brincou depois.