
“Eu não estou aqui para fazer o PSD grande e o CDS grande. Estou aqui para fazer as pessoas grandes”.
O presidente do PSD prometeu neste sábado dar mais aos trabalhadores, para que estes retribuam mais ao país, e admitiu novo aumento extraordinário das pensões ainda este ano, mas advertiu que Portugal precisa de estabilidade política.
“O Estado tem de dar mais às pessoas para as pessoas darem mais a todo o país. E olhar para aqueles que já cá estiveram antes de nós e que estão hoje reformados”, declarou Luís Montenegro, líder da AD — coligação PSD/CDS no final de uma arruada pelo centro histórico de Guimarães.
Tendo ao seu lado o presidente do CDS, Nuno Melo, o primeiro-ministro referiu que “há um ano havia muita gente que duvidava e muita gente que lançou o medo sobre a candidatura da AD, dizendo que iria conseguir cumprir as suas promessas.
“Aumentámos o Complemento Solidário para Idosos por duas vezes, demos uma comparticipação de medicamentos de 100% aos idosos que têm mais dificuldades económicas. Valorizámos todas as pensões quando chegámos a meio do ano de 2024″, disse, antes de deixar outra promessa:
“Faremos o mesmo em 2025 se houver condições [financeiras]. Atribuímos um suplemento extraordinário a todas as pensões até 1.527 euros. Estamos a olhar pelo Estado social, pela saúde e pela habitação“, completou.
Na sua breve intervenção, o presidente do PSD defendeu que o seu Governo, ao longo do último ano, garantiu “estabilidade financeira, estabilidade económica e estabilidade social”. “Precisamos de estabilidade política, precisamos do reforço da nossa maioria para continuar este projeto, para valorizar os jovens, aqueles que estão a trabalhar e aqueles que já estão reformados”, acrescentou.
“Se não ganharmos…”
O líder do PSD e recandidato a primeiro-ministro avisou que se a AD não conseguir estabilidade política o pós-eleições será “muito mais complexo”, prometendo “não desperdiçar diálogo político e social” se reforçar a votação.
Questionado pela comunicação social – à qual voltou a não responder sobre o pedido do PSD de saber quem divulgou as novas informações sobre a Spinumviva – se vai pedir uma maioria absoluta, o líder da AD (coligação PSD/CDS-PP) nunca usou essa expressão, dizendo que quer uma “maioria maior” do que teve no ano passado; enfatizando que quer manter o “diálogo político e social”.
“Significa o reforço daquela que é a nossa representação e nós temos a expectativa e temos dados muito seguros de que isso está em curso. Agora é preciso que as pessoas saibam que, com humildade, ninguém ganha as eleições, nem antes nem depois das eleições, é só no dia”, afirmou.
Por isso, pediu, “que ninguém dê por adquirida a vitória” e apelou aos indecisos e aos que até podem valorizar mais o valor da estabilidade política do que as propostas de cada partido.
“Valorizem as políticas concretas, com certeza, valorizem o programa, valorizem a liderança do Governo, mas valorizem também a única forma que garante a estabilidade. Porque há uma coisa que não acontecerá: se nós não conseguirmos garantir a estabilidade no dia das eleições, o dia seguinte será muito mais complexo e pode não corresponder àquilo que era o objetivo das pessoas”, avisou.
Perante a insistência dos jornalistas – e de alguns apoiantes que pediam a maioria absoluta -, Montenegro voltou a definir o que é a maioria maior que pretende.
“É uma maioria que eu sinto que é a vontade do povo português, cada um com a sua opinião e nós respeitamos. E eu digo isto com a humildade de quem saberá interpretar o resultado qualquer que ele seja, nunca desperdiçando as oportunidades de diálogo político, de diálogo social”, disse.
“Nós neste ano conseguimos falar sempre que foi necessário com todos aqueles que são relevantes, quer do panorama político, quer do panorama social”, defendeu.
“Fazer as pessoas grandes”
No meio do seu discurso, uma ideia que fez lembrar Donald Trump, presidente dos EUA: “Eu não estou aqui para fazer o PSD grande e o CDS grande. Eu gosto muito que o PSD e o CDS sejam grandes. Mas eu estou aqui para fazer as pessoas grandes naquilo que querem ser, nos projetos que têm para si próprias. Esse é o nosso projeto”.
O slogan original, de Trump, é “Make America great again“. Como destacou a TSF, aqui a frase de Luís Montenegro não foi “Fazer Portugal grande”, mas sim “fazer as pessoas grandes”. Isto numa intervenção onde, dada a atualidade, um assunto predominante foi a imigração – tal como acontece em muitos discursos do presidente dos EUA.
Já neste domingo, dia seguinte às declarações, Pedro Nuno Santos disse que Luís Montenegro “está mais preocupado em se aproximar do Chega e afirmou que “temos um primeiro-ministro que diz que há pessoas que tem de ser expulsas do território nacional, diz isso a sorrir e ainda pede ao Chega para elogiar a sua política. Nesse caso há uma ‘trumpização’ de Luís Montenegro”.
O Correio de Manhã sublinha que 18 000 deverá ser apenas o número inicial, de um grupo de imigrantes muito maior – num esquema de deportações ‘à Trump’, escreve o jornal.
ZAP // Lusa
PNS parece a PANadinha a falar de tudo e de todos. Uma verdadeira picareta falante. Esta manhã num unico discurso aos jornalistas falou de economia, de saúde, de imigrantes, da idoneidade de LM… Desepero?
Fala..fala, mas não diz nada. É mais um picareta falante á laia guterriana,
P. Nuno Santos, não passa de um trolaró, armado em político. É a coisa mais reles que teve o partido socialista
Luís Montenegro: a sua longa experiência política, desde os tempos como autarca local até ao seu papel como aguerrido líder parlamentar. Ele tem uma carreira política consolidada, com grande capacidade evidenciada e grande apreciação popular. Ele é a figura central na disputa pelo poder. Na senda política atual, é hoje imbatível