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Antiga escola de Massamá era casa de mais de 40 imigrantes. Rendas atingiam os 500 euros

Externato Novos Rumos/Facebook

O antigo Externato Novos Rumos, em Massamá.

Cerca de 40 quartos improvisados destinados a alojar “mais de 40 pessoas” no antigo Externato Novos Rumos, transformado em habitação precária. “Falta saneamento básico e bom ambiente para as crianças”.

Mais de 40 imigrantes viviam até esta terça-feira numa antiga escola em Massamá, no município de Sintra, onde partilhavam cozinha e casa de banho. Alguns chegavam a pagar 500 euros de renda na antiga escola, que não reúne condições de habitabilidade.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) realizou uma fiscalização esta manhã após ter recebido várias denúncias. O edifício, encerrado há anos, foi transformado em habitação precária, com cerca de 40 quartos improvisados destinados a alojar “mais de 40 pessoas”, disse o chefe coordenador da PSP, Pedro Magrinho à SIC. Já o Correio da Manhã avança que seriam perto de 100 imigrantes a viver na escola encerrada.

“São números que ainda estamos a apurar dado que há agregados familiares em que apenas um dos elementos do agregado se encontra no local”, sublinhou o responsável, que no entanto garante: “várias crianças de tenra idade e idosos” vivem na escola.

Praticamente todos os moradores serão “imigrantes legalizados” que pagariam entre 250 e 500 euros por mês para lá viver. Têm salários baixos e não conseguem preencher os requisitos legais exigidos por quem aluga quartos, queixam-se.

“O espaço até nem tem nenhum problema, mas falta saneamento básico e bom ambiente para as crianças. O senhor é boa pessoa”, disse uma das moradoras, provavelmente a referir-se ao sujeito que explora o espaço ilegalmente. “Aqui só pedem uma renda e uma caução”.

“A maioria [dos senhorios] não aceita mais filhos para viver num quarto, mas eles aceitam” confessa outra moradora à RTP, que lá morava há oito meses a troco de 500 euros: “os outros cobram mais”.

“Deparamo-nos com um problema neste momento que é perceber que alternativas temos para oferecer a estas famílias no âmbito municipal, ou mesmo nacional, para poderem deixar este tipo de alojamento e serem alojadas com alguma dignidade”, afirma ainda Pedro Magrinho.

Esta terça-feira estiveram no local, para além da PSP, a ASAE e o proprietário do edifício e o explorador do mesmo, que cobrava as rendas daqueles que agora não têm para onde ir. Ambos são portugueses.

ZAP //

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