ALAA BADARNEH/EPA
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Palestinianos aguardam a libertação dos seus familiares das prisões israelitas, no centro cultural da cidade de Ramallah, na Cisjordânia.
Libertação dos prisioneiros foi adiada até que seja garantida a libertação dos próximos reféns, e sem cerimónias degradantes”, disse Netanyahu. 620 prisioneiros palestinianos deviam ter sido libertados este sábado.
Tal como aconteceu no final de janeiro: depois de receber os seis reféns como previsto no acordo de cessar-fogo, o Governo israelita adiou a libertação de 620 prisioneiros palestinianos prevista para este sábado em Gaza.
“A libertação dos prisioneiros foi adiada até que seja garantida a libertação dos próximos reféns, e sem cerimónias degradantes”, escreveu no X o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, em referência à entrega, por parte do Hamas, de restos mortais da pessoa errada, na passada sexta-feira, em que estava prevista a entrega do corpo de uma das reféns mais conhecidas, Shiri Bibas, mãe das crianças Ariel e Kfir Bibas, mortas em cativeiro.
O Hamas disse que os restos mortais de Shiri Bibas foram misturados com outros corpos devido aos ataques aéreos. A autópsia da mãe e dos seus dois filhos não revelou, no entanto, indícios de “ferimentos causados por bombardeamentos”, declarou o diretor do Instituto Nacional de Medicina Legal de Israel este domingo.
O Hamas acusa Israel de colocar “em grave perigo” todo o acordo de tréguas.
“Ao retardar a libertação dos nossos prisioneiros, o inimigo comporta-se como um bandido e põe em grave perigo todo o acordo” de tréguas, declarou à AFP Bassem Naïm, alto responsável do Hamas, apelando aos mediadores que permitiram o acordo, “em particular aos Estados Unidos”, para fazerem “pressão sobre o inimigo, para cumprir o acordo e libertar imediatamente o grupo de prisioneiros”.
Os combates entre as duas partes cessaram em 19 de janeiro, no âmbito de um acordo de cessar-fogo negociado por três principais mediadores internacionais: Estados Unidos, Qatar e Egito.
Já no dia 30 do último mês, Israel recebeu reféns e ordenou o regresso à cadeia dos 110 palestinianos que seriam libertados, como acordado no cessar-fogo. Os prisioneiros estavam nos autocarros prontos para serem libertados quando receberam ordem para sair dos veículos.
Este sábado, seis reféns, entre os quais um luso-israelita, foram entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha e regressaram a casa.
Guerra no Médio Oriente
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Israel é que violou… Boa teoria o que vale é que as acções do Hamas e humilhações estão a vista de todos mesmo depois de os israelitas terem pedido para não fazerem espetáculos e propaganda com os reféns. Como obrigar um refém a beijar a testa de um terrorista ou usar fotos de crianças mortas.