Owen matou vizinha de 11 anos num ataque de fúria após jogar Fortnite durante horas

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Ville d´Épinay-sur-Orge

Parque em d´Épinay-sur-Orge, França.

Parque em d´Épinay-sur-Orge, França.

A morte de Louise, de 11 anos, está a abalar França. A jovem desapareceu quando voltava a casa, após um dia de escola, e terá sido assassinada por um vizinho que estaria muito zangado, depois de ter perdido um jogo de Fortnite.

Owen L., de 23 anos, já confessou aos investigadores da polícia francesa que matou Louise, de apenas 11 anos, no departamento de Essonne, na região de Île-de-France, no norte de França.

As autoridades encontraram vestígios de ADN nas mãos da menina, que permitiram chegar ao suspeito que já era conhecido por pequenos crimes relacionados com roubo e violência.

Além disso, uma câmara de videovigilância nas proximidades do local onde o corpo de Louise foi descoberto, no meio de uma zona de mato, também ajudou a identificá-lo.

O pai (49 anos) do jovem e a mãe (48 anos), bem como a namorada (23 anos), também foram ouvidos pelas autoridades e são suspeitos de não terem denunciado o crime.

A mãe a namorada terão também dado um falso álibi ao jovem, de acordo com o jornal Le Parisien.

“Ataque de raiva” após jogar Fortnite durante horas

O suspeito e a vítima viviam no mesmo bairro, na cidade de Épinay sur Orge, mas não pareciam ter qualquer ligação de proximidade.

Não foram encontrados sinais de violação no corpo da estudante, que foi encontrada vestida, e o seu telemóvel estava intacto. Portanto, foram afastadas as teses de crime sexual e de roubo.

Assim, acredita-se que Owen L. poderá ter sido movido, simplesmente, pela raiva num ataque de violência injustificável.

O jornal Le Figaro apurou junto de fontes que conhecem o jovem, que no dia da morte de Louise, Owen L. passou todo o dia a jogar Fortnite, um videojogo.

O Fortnite é um videojogo que pode ser jogado online por vários jogadores em simultâneo.

O suspeito terá perdido enquanto jogava, terá sido “gozado” por outros jogadores, e terá saído de casa num “ataque de raiva”, conta o mesmo jornal.

Foi, então, que se terá deparado com a menina de 11 anos que tinha saído da escola, e voltava a casa após as aulas, na tarde de sexta-feira.

O seu cadáver acabou por ser encontrado por volta das 2:30 horas da manhã de sábado no Bois des Templiers, em Longjumeau, a algumas centenas de metros da sua escola.

A autópsia revelou “numerosos ferimentos causados ​​por um objecto cortante em áreas vitais”, como refere o Ministério Público citado pelo Le Figaro.

Já tinha espancado a irmã mais nova

O Le Parisien apurou que Owen L. não terá sido diagnosticado com nenhum problemas psiquiátrico, mas descreve-o como “um viciado em videojogos online” que podia revelar-se “perturbado” e “muito violento”.

De resto, segundo o jornal, o jovem já tinha sido preso “por ter espancado” a irmã mais nova várias vezes, à frente dos “pais indefesos”.

ZAP //

1 Comment

  1. Sempre a mesma pergunta, que continua a ser olimpicamente ignorada por órgãos de informação e autoridades, incluindo as entidades de saúde mental:

    O suspeito, embora sem “nenhum problemas psiquiátrico” diagnosticado, tomava alguma medicação psicotrópica? É compreensível que os dados referentes à saúde não sejam tornados públicos – aqui o “segredo de justiça” justifica-se – mas um bom advogado de defesa pode fazer muito com esse tipo de informação… se for corajoso e souber investigar!

    «Drug use disorders have been associated with a wide range of adverse outcomes, including suicide, comorbid mental illness, and premature mortality. In addition, drug use disorders increase risk of violence against others. » – Drug Use Disorders and Violence: Associations With Individual Drug Categories, in “Epidemiologic Reviews”, Volume 42, Issue 1, 2020, Pages 103–116.

    «…antidepressants have been shown to increase the rate of hostility events compared with placebo in clinical trials. This effect has also been noted in other disorders that are not usually associated with serious violence (eg, anxiety, obsessive-compulsive disorder), and even in healthy volunteers. …» – Antidepressants en violence: Problems at the interface of medicine and law

    «A recent review examined the relationship of violent behavior to the antidepressants: paroxetine, sertraline and fluoxetine. Different verdicts in a series of medicolegal cases reflected the different judicial processes, without considering drug-induced violence. Incidentally, co-author Lucire studied patients medicated with antidepressants and antipsychotics metabolized by polymorphic CYPs, and assessed the development of akathisic, suicidal and/or homicidal ideations, and their relationship to CYP gene variations.« – Antidepressants en violence: Problems at the interface of medicine and law

    «De même, plusieurs procès médiatisés ont incriminé les antidépresseurs dans des suicides aboutis ou des actes hétéroagressifs. Certains avocats ont déjà utilisé le traitement antidépresseur pour nier ou atténuer la responsabilité de l’agresseur en cas de comportement violent. Cela illustre la façon dont les avocats prennent à partie les médecins prescripteurs, qui pour le moment n’ont pas proposé d’avis consensuel. …« – Antidepressants en violence: Problems at the interface of medicine and law

    E assim por diante… nem só o tabaco faz mal à saúde, certo?!

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