/

Sonda Messenger vai terminar missão e colidir a alta velocidade com Mercúrio

JHU APL / Carnegie Institution of Washington / NASA

Messenger, a sonda lançada pela NASA há 6 anos e meio para explorar Mercúrio

Messenger, a sonda lançada pela NASA há 6 anos e meio para explorar Mercúrio

A missão Messenger, que estudou Mercúrio, vai chegar ao fim a 30 de abril, dia em que é esperada a colisão da sua sonda com a superfície do planeta, anunciou hoje a agência espacial norte-americana NASA.

A sonda espacial, lançada em 2004, irá chocar com Mercúrio, a mais de 3,91 quilómetros por segundo, do lado do planeta mais afastado da Terra, o que impedirá os engenheiros da NASA de verem em tempo real a exata localização do impacto.

A última manobra para impedir a colisão da sonda com o planeta, através de correções da órbita do aparelho, está agendada para 24 de abril.

Depois disso, esclarece a NASA num comunicado, a sonda não conseguirá escapar à forte atração gravitacional exercida pelo Sol sobre o planeta, o mais próximo do «astro-rei».

A sonda Messenger, da NASA, está na órbita de Mercúrio desde 18 de março de 2011, após ter feito uma viagem de mais de 6 anos e meio.

As observações do aparelho permitiram dar, por exemplo, suporte à hipótese de que Mercúrio tem água gelada em abundância nas suas crateras polares, que estão permanentemente à sombra.

Segundo a equipa científica da missão, a água agora armazenada nos depósitos de gelo das crateras polares parece ter sido transportada para Mercúrio pelos cometas e asteróides que colidiram com a sua superfície.

Além das descobertas científicas, a missão testou com êxito novas tecnologias, que possibilitaram proteger os instrumentos e componentes eletrónicos da radiação solar direta, dada a proximidade do planeta com o Sol.

Uma outra sonda, a BepiColombo, será lançada em janeiro de 2017, também para estudar Mercúrio, numa missão euro-nipónica com tecnologia portuguesa da empresa Active Space Technologies, que concebeu a mecânica e o isolamento térmico de um dos instrumentos.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.