Ventura está farto de viver neste Portugal

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Rui Minderico / LUSA

O presidente do Chega, André Ventura

Líder do Chega repete no palco: “Encostem-nos à parede! Uma e outra e outra vez! Até perceberem que este país é nosso”.

“Eu estou farto de viver num país em que os criminosos têm todos os direitos e nós temos que comer, calar, comer e ignorar. Estou farto de viver nesse país“.

André Ventura foi o já esperado protagonista na concentração promovida pelo Chega denominada “Pela autoridade e contra a impunidade”, que juntou algumas centenas de pessoas.

Decorreu em Lisboa, na Praça da Figueira, e foi convocada depois do anúncio de uma manifestação contra o racismo e a xenofobia, após a operação policial de 19 de dezembro no Martim Moniz.

As duas manifestações estavam separadas por apenas 300 metros. Nesta do Chega estariam cerca de 400 pessoas; na outra aproximadamente 15 000.

O líder do Chega atirou críticas ao Governo e ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, por algumas semanas depois da operação policial ter afirmado não ter gostado de ver a imagem de imigrantes encostados à parede.

Devia ter tido a coragem – e até podia ter estado aqui – devia ter tido a coragem de dizer: quando se começa ao lado das forças de segurança, vai-se até ao fim. Porque o que os portugueses precisam hoje é de políticos que vão até ao fim, que não tenham medo, que não cedam à pressão”, considerou, acusando as restantes forças políticas de terem cedido a essa pressão.

“Eu gostava que muitos destes líderes de esquerda, quando estiverem com um problema, em vez de chamarem a polícia, chamem o Batman, ou chamem o super-homem, ou chamem alguém que venha com cravos vermelhos para lhes resolver os assaltos às casas, a violação das namoradas ou dos namorados, os ataques à propriedade”, criticou.

O líder do Chega recusou que o partido esteja a dividir o país ou que esteja a fazer crescer a insegurança, quando questionado sobre o número de meios policiais mobilizados para acompanhar a manifestação contra o racismo e esta vigília.

Nós vamos continuar a sair à rua, uma, outra e outra vez. E tenho a certeza que a maior parte dos portugueses concorda com o que estamos aqui a fazer hoje. E mesmo os que não estão cá, se tivessem que escolher um dos lados, diriam que querem um país em que haja mais direitos para as pessoas normais do que para os criminosos”, afirmou.

E, depois do “nem mais um” imigrante, agora o slogan é sobre encostar à parede: “Encostem-nos à parede! Uma e outra e outra vez! Até perceberem que este país é nosso e que a lei é para cumprir!”, repetiu no palco.

No final, Ventura foi questionado sobre sondagens para as eleições presidenciais e reforçou: “Eu vou à segunda volta, podem anotar isso”.

ZAP // Lusa

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10 Comments

  1. Realmente a situação foi aproveitada pela extrema esquerda para este espetáculo deprimente…
    Pelos vistos, também ajuda a cobertura mediática dos meios de comunicação social…

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  2. Eu tenho uma sugestão para o Ventura “farto deste país”. Que vá fazer um estágio de um ano numa comunidade de cabeças rapadas alemãs, que adorariam receber alguèm como ele, escuro e com todo o aspecto de cigano.

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  3. Ó Ventura pq n te vais embora entao? Pf emigra e aprende.
    Fascista de merda.
    Num país de emigrante como Portugal é uma pena que nap se saiba receber e incluir..

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  4. Quem aqui critica Ventura, ou é anarquico ou parasita ou cego, que não vê os problemas sociais que a europa passou a ter com a recepção de migrantes de forma descontrolada.

    O problema não sao os migrantes, é o descontrolo que permite a entrada de quem não vem por bem ou realmente para trabalhar e intregrar-se sem cruar problemas.

    Não existe descontentamento em outros paises em relação aos imigrantes portugueses mas existe em relação à migração que agora vem? Sinal que migrantes, não são tidos iguais: uns vêm para trabalhar e outros, para criar problemas.

    Martim Moniz está cheio de gente nas ruas de mãos nos bolsos. Como é que aquelas lojas a vender pequenos objectos, dá para viver e pagar rendas das lojas? Os portugueses não conseguem dinheiro para pagar rendas e “eles” ali às portas das lojas, ganham dinheiro?

    ASAE e outros organismos fiscaluzadores só funciona para os portugueses?

    O 3⁰ mundo chegou a Portugal.
    É lixo por todo o lado, desorganização é estafetas em contra mão , sinal vermelho e stop não existe. É como na Índia…quem chega 1º ao cruzamento é que passa!

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  5. Era uma vez um qualquer país onde existiam pessoas. Nesse país feito de pessoas – porque é disso que os paises são feitos – chegaram mais pessoas vindas doutros países que procuravam melhores condições de vida. Condições essas que no passado já tinham levado a que as pessoas que vivem neste país, agora em causa, tivessem ido europa fora à procura de uma vida sem ditadura ou fome. Nesses paises para onde emigraram foram recebidas com olhos desconfiados mas lá acabaram por criar raízes e fazer família. E hoje, neste país, vemos no presente o passado, em que pessoas procuram uma vida melhor para si e para os seus, como aqueles pais e avós dos que agora protestam com olhos desconfiados daqueles que chegam até nós para viver num país melhor, do que o que têm lá fora.
    Deixemo-nos de ser mesquinhos e submissos a curtas visões sem enquadramento, quer histórico quer social, pois o Mundo é um só.
    Aqueles que têm medo dos que chegam para viver connosco, são os mesmos que têm medo de viver connosco. Não percebem que o Mundo é um todo uno e do qual todos somos parte.

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