Ainda há 18 greves até ao fim do ano. Como podem mexer com a sua vida?

IRN

Loja de Cidadão (Saldanha, Lisboa)

A quadra natalícia vai ser marcada por paralisações em vários setores, desde a aviação à distribuição, passando pelos registos, até à higiene urbana, num total de 18 greves até ao final do ano, segundo a contabilização feita pela Lusa.

Na aviação, há a possibilidade de se verificarem constrangimentos nos aeroportos nacionais na sequência das greves dos serviços de handling (assistência em terra) das empresas Menzies, cuja paralisação arrancou no domingo e se prolonga durante cinco dias, e da Portway, que tem prevista uma greve no período do Natal e Ano Novo, incluindo a de 24 horas nos dias 24 e 31 de dezembro.

Também os trabalhadores da grande distribuição têm pré-aviso de greve para 24 e 31 de dezembro.

Igual cenário para os funcionários nas empresas de trabalho temporário, em espacial os que trabalham em centros de contacto e lojas de telecomunicações, cuja paralisação arrancou na segunda-feira e termina em 05 de janeiro.

Há vários serviços públicos que deverão ser afetados por greves.

É o caso das Lojas do Cidadão ou do Instituto de Registos e Notariado, devido à greve dos trabalhadores dos registos, que teve inicio na segunda-feira e se prolonga durante duas semanas.

Também a recolha de lixo em Lisboa será afetada, na sequência da greve dos trabalhadores da higiene urbana da Câmara Municipal de Lisboa, convocada para 26 e 27 de dezembro, assim como a greve ao trabalho extraordinário, entre o dia de Natal e a véspera de Ano Novo, ou seja, no período de 25 a 31 de dezembro, em que foram decretados serviços mínimos.

Há ainda outras greves direcionadas especificamente ao trabalho suplementar, como:

  • a dos médicos dos cuidados de saúde primários, que começou em 23 de julho;
  • trabalhadores da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que teve início em 22 de agosto;
  • guardas prisionais do estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa, que começou em 23 de outubro;
  • dos técnicos de reinserção social e serviços prisionais;
  • ou da greve dos inspetores de pescas, que arrancou em 21 de outubro.

Todas estas paralisações terminam no final do ano.

Ainda no que toca ao trabalho suplementar, está a decorrer até ao final do ano a greve dos trabalhadores afetos à Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (FIEQUIMETAL), assim como a dos trabalhadores de terra da SATA.

Também os trabalhadores da SILOPOR, empresa pública que é responsável pelo descarregamento e armazenamento de mais de metade dos cereais importados por Portugal, vão fazer greve nos próximos dias 26 e 27 de dezembro, assim como os trabalhadores das empresas de produção de pasta para papel da Navigator, em Aveiro, que iniciam na quinta-feira uma greve de três dias.

Estão ainda previstas greves dos trabalhadores da Naveprinter, a 25 de dezembro, e da Resinorte, a 26 e 27 de dezembro, ou dos trabalhadores da Zara do Rossio, também em 27 de dezembro.

ZAP // Lusa

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