O Ministério da Economia só soube nos últimos dias da saída da Galp do projecto para a construção de uma refinaria de lítio em Setúbal. A empresa queixa-se da falta de apoio financeiro e o Governo promete financiamento “facilitado” aos próximos candidatos.
A Galp não terá avisado antecipadamente o Governo da intenção de abandonar o projecto Aurora Lithium para a construção de uma refinaria de lítio em Setúbal.
A empresa portuguesa sabia, desde o início do ano, da retirada da sueca Northvolt do projecto, o que dificultou o financiamento do mesmo.
Fontes governamentais asseguram ao Jornal de Negócios que o Executivo não foi informado dessas dificuldades.
“O Governo, nomeadamente o Ministério da Economia, só tomou conhecimento da decisão de desistência da Galp nestas últimas semanas, na janela de dias em que a mesma foi tornada pública”, aponta ao jornal económico uma fonte oficial do Ministério da Economia.
Porém, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, refere, citada pelo Negócios, que depois da retirada da Northvolt, “tudo fazia antever este desfecho” que diz ser “triste e preocupante”.
Governo promete financiamento “facilitado” aos novos candidatos
A Galp comunicou a desistência do projecto do lítio à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) neste mês de Novembro, alegando dificuldades de financiamento e sublinhando que, após a saída da NorthVolt, tentou “identificar novas parceiras internacionais, mas sem sucesso”.
Mas, agora, o Governo garante aos futuros candidatos o acesso a novas linhas de financiamento “facilitado” através da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), do IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação) e do Banco do Fomento, conforme destaca o Negócios.
Fonte do Banco do Fomento refere ao jornal que há um “elevado número de candidaturas para projectos estratégicos” que estão a ser avaliadas pelo Comité Europeu das Matérias-Primas Críticas da União Europeia.
O processo de financiamento será, assim, “coordenado pela Comissão Europeia, de forma que os diferentes instrumentos de financiamento sejam complementares”, nota a mesma fonte.
Nesta altura, o processo estará na segunda fase com “170 empresas europeias” seleccionadas, entre as quais a portuguesa Lusorecursos, como refere o Negócios.
O Pior cego é aquele que não quer ver, neste caso não quer saber.
Quem é que acredita nissi ,que não sabiam de nada?
A verdade, é o que ninguém quer ver. Com a queda do preço do lítio, o negócio deixou de ser rentável. Faziam melhor em deixar o metal debaixo do solo, onde tem estado desde sempre e esperar por tempos futuros!
Financiamento facilitado Sr Ministro? O que é isto? Mais uma para os portugueses pagarem? Abra os olhos.