Há um claro favorito para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa na Presidência da República, segundo nova sondagem. Gouveia e Melo não nos deu muito, mas já nos deu uma amostra de algumas das suas ideias políticas.
Henrique Gouveia e Melo surge como o claro favorito para as eleições presidenciais de 2026, de acordo com a sondagem da Intercampus feita este mês para o Correio da Manhã, CMTV e Jornal de Negócios.
O atual Chefe do Estado-Maior da Armada obtém 23% das intenções de voto, quase o dobro do segundo classificado, Pedro Passos Coelho, que recolhe 13,9%.
A sondagem analisou 13 potenciais candidatos. O almirante foi figura consensual entre os inquiridos, com apoio de diferentes áreas políticas: é apoiado por 23% dos votantes da Aliança Democrática, 24% dos eleitores do Chega e Iniciativa Liberal, e 30% dos simpatizantes do PS.
É o que se tem vindo a esperar. Com um perfil técnico e pragmático, Gouveia e Melo parece atrair apoios tanto à direita como à esquerda, posicionando-se como uma figura independente — terá já confirmado fonte próxima ao Expresso que o almirante vai sozinho na corrida a Belém.
Ao longo dos anos, o almirante, muito associado ao sucesso na coordenação da vacinação contra a COVID-19, nunca revelou especificamente a sua posição política — uma vez que militares no ativo não podem envolver-se na política. Mas até agora houve uma ideia que nunca ficou por mostrar: o centrismo.
“Não me vou limitar, nem para o lado direito, nem para o lado esquerdo”, disse, em setembro, em entrevista à RTP, quando questionado sobre uma possível candidatura à Presidência da República.
Já afirmou, também, que pertence ao “centro pragmático”, com “umas coisas mais à esquerda e umas coisas mais à direita”, em entrevista ao Expresso em 2021; “o equilíbrio está ao centro”, reforçou em maio deste ano ao DN e TSF.
Perante o perigo de “forças políticas que advogam soluções muito simplificadas e que podem ser muito atraentes em termos mediáticos, mas podem ser perigosas em termos de execução, o centro deve ser forte e encontrar soluções dentro do que é a democracia”, reforçou o almirante, sublinhando que não vê “partidos que queiram subverter a democracia no sistema político português.”
Os 13 eventuais candidatos
O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho (13,9%) é o segundo favorito dos inquiridos na mais recente sondagem, mas muito distante do almirante. Ainda mais longe está o comentador Luís Marques Mendes (9,8%), nome que também tem sido muito apontado à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa e que deixou em aberto a possibilidade de se candidatar.
O líder do Chega André Ventura surge em quarto lugar na lista de 13 eventuais candidatos, com 6,6% das preferências de voto, seguido do socialista Mário Centeno (6,4%).
Ex-candidata a Belém, Ana Gomes está na 6.ª posição, com 5,1% das preferências.
O ex-líder do PS, António José Seguro, que admitiu recentemente que vai ponderar uma candidatura e que “está tudo aberto” — aparece como 7.º favorito, com 4,7%. Seguem-se a deputada do Bloco, Catarina Martins (4%), o liberal Cotrim de Figueiredo e Durão Barroso (3,2%), com o líder do Livre, Rui Tavares, mais abaixo, com 2,4% das preferências para Belém.
A surpresa, pela negativa, é a posição de Santana Lopes — convence apenas 1,3% dos inquiridos, apesar de ter vindo a ser um dos nomes mais apontados à sucessão de Marcelo e ter admitido, desde 2020, a hipótese de se candidatar.
A análise da Intercampus foi além da primeira volta, simulando cenários de uma possível segunda volta. Nestas projeções, Gouveia e Melo mantém uma posição dominante face aos outros nomes. Contra Marques Mendes, por exemplo, o almirante recolhe quase metade dos votos.
Gouveia e Melo, que já decidiu não prolongar o mandato na chefia da Armada, que termina em dezembro, deverá mesmo anunciar formalmente a sua candidatura em março ou abril de 2024, como o ZAP já tinha noticiado. Até ao momento, apenas o Chega demonstrou intenções de apoiar uma candidatura do chefe.
Tenho dúvidas que um militar sem papas na língua, que conseguiu liderar uma (simpls) campanha de vacinação, seja a pessoa certa para desempenhar o papel de PR. Resta ver quais as alternativas, porque este não passa de um populista.
Um militar que recusou que os enfermeiros no setor privado participassem na campanha de vacinação! Só o público foi aceite nessa campanha! Em plena pandemia é preciso …..
Como é que agora de um dia para o outro vai ser presidente de todos os Portugueses?
O País precisa de paz e não de guerra, um militar será sempre um militar!
Ou vai fazer uma lavagem cerebral?
Em época de quase guerra seria muito mais útil na marinha do que como PR!
Isto é simplesmente o “abaixo os políticos”.
Só falta dizer que se vota no almirante porque está tudo farto destes políticos.