Secretário-geral da ONU assegurou que “o fim da era dos combustíveis fósseis é inevitável”. Há dados que mostram o sentido inverno.
António Guterres falava na sessão sobre desenvolvimento sustentável e transição energética do G20, que decorreu em Novembro, no Rio de Janeiro.
O secretário-geral da ONU avisou os chefes de Estado e de Governo presentes no Brasil: “O fim da era dos combustíveis fósseis é inevitável”.
Perante o grupo das 20 maiores economias do mundo, Guterres continuou: “É preciso que este fim não chegue tarde demais“.
Já a COP28, no final do ano passado, fechou com um acordo que assinala o “início do fim” da era dos combustíveis fósseis.
Entende-se a intenção. Mas há dados que mostram o sentido inverno.
Em relação ao fim dos combustíveis fósseis ser “inevitável”, há dúvidas. Até há muitos especialistas que admitem que o rumo será outro… mas qual? Acumulam-se questões e críticas sobre o sector eléctrico. Outros falam em hidrogénio – mas quando?
Precisamente: quando?
Há poucos meses partilhámos números que sugerem que a fase da transição verde é que acabou.
Grandes empresas petrolíferas estão em nítida expansão: lucros acima do esperado e continuam a aumentar extracção de petróleo e gás por todo o mundo, para satisfazer a procura das economias industrializadas.
A Agência Internacional de Energia previa uma subida contínua da procura do petróleo; e estão a desaparecer alguns dos maiores receios no sector. Lê-se no relatório que “o crescimento da procura regressa à sua tendência histórica, enquanto a eficiência aumenta – e os carros eléctricos estão a ser menos usados“.
É um aparente regresso em força do petróleo, que afasta (mais) o fim da era dos combustíveis fósseis.
George F. Will escreveu no The Washington Post que “a era dos combustíveis fósseis ainda não terminou – nem de longe”.
O especialista lembrou outros factos: menos procura por produtos “verdes”, redução de impostos sobre os combustíveis fósseis na Suécia, adiamento na proibição da venda de automóveis de combustão interna no Reino Unido, adiamento de regras verdes para o aquecimento doméstico na Alemanha.
O director da Huntsman Corp., Peter Huntsman, lembrou que em 1970 já se falava no “fim do mundo” – mais concretamente no ambiente, na agricultura, nas perturbações da chuva.
Mais de 50 anos depois, a economia melhorou, mas a emissão de dióxido de carbono nos EUA é quase a mesma.
Como? “Melhores tecnologias e melhores processos; aprendemos e adaptamo-nos”.
até descobrirem uma fonte de energia melhor. os fosseis vao continuar. As Baterias actuais não é alternativa, foi só uma questão de Marketing para venderem muitos carros subsidiados no Mundo. Como sempre há uma correria de muita gente atrás das “novidades” para se exibirem.
Eu não entro em nenhum electico, incendeiam sem mais nem menos, e para apagar é o cabo dos trabalhos, arde tudo à volta antes de conseguirem dominar o fogo.