Em 1908, um cão “herói” empurrava crianças para o rio Sena para receber bifes

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Depois de receber um bife após salvar uma criança que caiu ao Sena, o cão tornou-se um exemplo do efeito Pavlov e começou ele próprio a atirar as crianças e a falsificar os seus salvamentos,

Numa história curiosa que remonta a 1908, um cão tornou-se a estrela da sua comunidade ao salvar crianças de se afogarem no rio Sena – até que os seus atos aparentemente altruístas tomaram um rumo inesperado.

Noticiada pelo The New York Times a 2 de fevereiro de 1908, a saga começa com o primeiro ato heroico do cão: saltou para o Sena para salvar uma criança que tinha caído acidentalmente no rio enquanto brincava. A comunidade celebrou a bravura do cão e o seu dono recompensou-o com um bife. Apenas dois dias depois, o mesmo cão salvou outra criança, recebendo mais carícias e outro bife.

Este padrão de salvamentos continuou, com as crianças a caírem no rio com tanta frequência que os residentes começaram a suspeitar. Preocupados com a possibilidade de um criminoso estar a empurrar crianças para a água, os habitantes organizaram uma vigília para apanhar o culpado. O que descobriram foi tão surpreendente quanto divertido: o “criminoso” não era outro senão o próprio cão.

O cão, tendo associado os seus salvamentos heróicos a comida e atenção, decidiu resolver o assunto com as suas próprias patas. Observando que as crianças não caíam no rio com a rapidez suficiente, começou a empurrá-las para a água antes de mergulhar para as salvar, fabricando efetivamente as suas próprias oportunidades de recompensa. Como diz o The New York Times, o cão “tinha assim estabelecido para si próprio uma fonte de rendimento rentável”.

Embora a história seja descrita como um “bom conto” pela publicação, o que sugere algum ceticismo quanto à sua total exatidão, destaca os princípios do famoso efeito Pavlov. O conceito mostra como os animais podem aprender a associar ações específicas a recompensas — nas experiências originais, Pavlov tocava um sino sempre que dava de comer a um cão, levando a que o animal associasse as duas coisas e começasse a salivar quando ouvia um sino.

A história do “Atirador do Sena” é uma anedota histórica divertida e um lembrete para pensarmos bem na forma como recompensamos os nossos animais de estimação.

ZAP //

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