Portugal aderiu ao novo banco internacional proposto pela China, o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB), anunciou a agência noticiosa chinesa Xinhua na quarta-feira à noite.
“Portugal enviou oficialmente o seu pedido escrito de adesão à China na terça-feira, o último dia do prazo para solicitar o estatuto de membro fundador do AIIB“, disse a Xinhua cerca da meia-noite (15h em Lisboa), citando um comunicado do Ministério das Finanças chinês.
Se os atuais membros aprovarem, Portugal tornar-se-á um membro fundador no Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas no próximo dia 15 de abril, indica o comunicado.
Mais de dez países da União Europeia, entre os quais Portugal, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Suíça e outros países europeus também pediram a adesão ao AIIB, instituição lançada em outubro passado em Pequim e vista inicialmente em Washington como um desafio à atual ordem financeira internacional.
Noutro comunicado, o ministério das Finanças chinês anunciou que a Islândia aderiu também ao novo banco.
Segundo anunciou hoje a Televisão Central da China (CCTV), no total, 49 países aderiram ou pediram a adesão ao AIIB, mas “contando com os pedidos de adesão de última hora, o número deverá exceder os 50”, disse um diplomata europeu à agência Lusa.
Na quarta-feira, um dia depois do prazo-limite fixado pelos 21 primeiros proponentes do AIIB, a imprensa oficial chinesa contabilizou 46 aderentes.
Como presidente da conferência de fundadores do AIIB, a China está agora a solicitar opiniões dos outros membros, indicou o ministério.
O AIIB deverá ser oficialmente estabelecido até ao final deste ano, com um capital inicial de 50 mil milhões de dólares e sede em Pequim.
Bangladesh, Birmânia, Brunei, Camboja, Cazaquistão, China, Filipinas, Índia, Indonésia, Kuwait, Laos, Malásia, Mongólia, Nepal, Omã, Paquistão, Qatar, Singapura, Sri Lanka, Tailândia e Vietname foram os primeiros proponentes do banco.
/Lusa