Oferenda de ouro “única” a Deus da Guerra descoberta em fortaleza romana na Geórgia

Radoslaw Karasiewicz-Szczypiorski, Mateusz Osiadacz, and Natalia Lockley

Oferenda de Ouro oferecida a Júpiter Dolichenus

Foi encontrada, numa escavação de uma fortaleza romana com 1.800 anos, na Geórgia, uma oferenda “única” oferecida por militares romanos a um Deus da Guerra original chamado Júpiter Dolichenus.

Uma escavação numa fortaleza romana no país da Geórgia revelou uma oferenda de ouro a um deus da guerra, um mosaico colorido e outros artefactos.

Durante a escavação de uma fortaleza romana com 1800 anos na Geórgia, uma equipa de arqueólogos encontrou uma oferenda em ouro dedicada a Júpiter Dolichenus – uma divindade guerreira original muito venerada pelos soldados romanos.

O artefacto – descrito como “único” – era uma placa fina inscrita em grego como uma dedicatória a este Deus da Guerra e da Vitória.

Esta descoberta foi anunciada pela recentemente na Polish Centre of Mediterranean Archaeology, da Universidade de Varsóvia (Polónia).

Júpiter Dolichenus é uma combinação do deus romano Júpiter – associado ao céu, à tempestade e ao relâmpago – com Dolichenus – um deus do trovão cujo culto se originou na cidade de Doliche, na atual Turquia.

“O culto de Júpiter Dolichenus “espalhou-se por todo o Império Romano, atingindo um pico de popularidade entre os séculos I e III d.C”, explicou Natalia Lockley, da Universidade de Varsóvia e uma das líderes da investigação, à Live Science.

Os investigadores suspeitam que possa existir um santuário dedicado a Júpiter Dolichenus na fortaleza Gonio-Apsaros, ainda não descoberto, onde os soldados poderiam ter planeado colocar o artefacto de ouro, possivelmente numa parede ou altar.

A oferenda terá sido feita com a esperança de alcançar vitória numa batalha.

Além da oferenda, a equipa fez outras descobertas no local, incluindo os restos de um mosaico numa casa que terá sido utilizada pelo comandante da guarnição romana.

Outras descobertas incluem restos de um lagar e de fornos usados para cozer ânforas, sugerindo que o vinho era produzido e possivelmente exportado para outros locais.

Como escreve a Live Science, estas descobertas oferecem uma visão mais completa sobre as práticas religiosas e as atividades diárias no contexto da presença militar romana.

ZAP //

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