Namaso abriu a porta. Galeno fechou-a com estrondo

Manuel Fernando Araújo / Lusa

Goleada do Porto, “sem espinhas” e muito importante, pois aconteceu no derradeiro jogo dos “dragões” no seu reduto antes da paragem para os encontros das selecções e precisamente a uma semana da visita ao Benfica no Estádio da Luz.

Os “azuis-e-brancos” entraram bem, aproveitaram os erros dos “canarinhos” na primeira parte e, apesar de não deslumbrarem na segunda, fizeram mais dois golos até final pelo recém-entrado Galeno.

O Dragão assistiu a uma primeira metade muito movimentada e intensa, com o Porto a atacar e a dominar, mas o Estoril Praia a não se limitar a defender, terminando, inclusive, com mais acções com bola na área contrária do que o Porto do outro lado.

Contudo, os erros pagam-se caro. O primeiro golo foi da autoria de Namaso, num lance no qual o guardião Joel Robles ficou mal na fotografia.

O segundo tento surgiu por Pepê, após um erro crasso num atraso de bola de Kévin Boma.

Destaque para o médio, que, ainda com 1-0 no marcador, ficou em boa posição para marcar ou assistir devido a uma lesão muscular de Pedro Amaral. Pepê não se quis aproveitar do azar do colega de profissão e parou o lance. Bravo!

O segundo tempo não teve o interesse da etapa inicial.

O “dragão” não aplicou tanta intensidade na pressão, embora continuando a controlar e a dominar, as ocasiões foram menos, mas ainda assim surgiu o 3-0 por Galeno, que havia entrado apenas quatro minutos antes.

O brasileiro entrou endiabrado e derrubou o que restava da resistência estorilista e bisou perto do fim para confirmar a goleada.

O Jogo em 5 Factos

1. Muitas e boas ocasiões

Por erros contrários ou por mérito próprio, a verdade é que o Porto terminou com seis ocasiões flagrantes no seu registo, número que é o terceiro valor mais alto da Liga (embora compartilhado com outras equipas).

2. Recorde de acções portistas

A superioridade dos homens da Invicta foi tal que o Porto fixou um novo recorde da equipa no número de acções com bola. Foram, ao todo, 863 (terceiro registo mais elevado da Liga), batendo o seu anterior máximo de 818 e pulverizando a média até aqui (695).

3. Muita qualidade no passe

Também nas entregas os “dragões” estiveram imparáveis. Os 672 passes são recorde portista na prova, bem como os completos, que foram 612, quando a média era de 433.

4. Uma brutalidade de passes longos certos

Ainda no capítulo das entregas, o Porto apostou muito no passe longo para aproveitar o atrevimento do Estoril e acumulou 56. Destes, 41 encontraram o seu destino, quando a média de longos completos da equipa portista era de cerca de 18 por encontro.

5. Mais acções na área, mas…

O “dragão” terminou o jogo com 32 acções na área estorilista, mais dez do que o seu adversário, mas tal deveu-se à forma como se desenrolou o segundo tempo. No primeiro, o Estoril teve mais dessas acções, 14 contra nove.

Melhor em Campo

Grande jogo de Namaso, talvez o melhor com a camisola “azul-e-branca”. O atacante do Porto terminou com um rating extraordinário, mesmo tendo desperdiçado uma ocasião flagrante.

O inglês fez o primeiro golo do encontro, foi o mais rematador do desafio com cinco disparos, quatro enquadrados, falhou somente dois de 25 passes, acumulou o máximo de acções com bola na área contrária (9), completou duas de três tentativas de drible e ajudou com cinco acções defensivas, com destaque para duas intercepções.

Resumo

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