Lisboa surge em penúltimo lugar na lista de 23 cidades europeias avaliadas quanto ao empenho na redução dos níveis poluentes, um ‘ranking’ elaborado por organizações não-governamentais de ambiente, entre as quais a portuguesa Quercus.
A lista divulgada esta segunda-feira traduz os esforços das autoridades locais na aplicação de medidas para reduzir emissões poluentes do tráfego rodoviário e melhorar a qualidade do ar.
Nesta lista, que avaliou 23 cidades de 16 países europeus, Lisboa surge em penúltimo lugar, logo antes do Luxemburgo.
As organizações não-governamentais Amigos da Terra Alemanha e o Secretariado Europeu do Ambiente, federação à qual pertence a Quercus, avaliaram as cidades tendo em conta nove categorias de critérios, como os transportes, incluindo a promoção da bicicleta, a renovação das frotas públicas pela inclusão de veículos limpos, portagens urbanas ou tarifas sobre o estacionamento.
O progresso das cidades europeias na redução de emissões poluentes provenientes do tráfego rodoviário foi ainda incluído na avaliação, que já tinha sido realizada em 2011 com os mesmos critérios. Nessa primeira edição, Lisboa não foi submetida a avaliação.
No comunicado de divulgação desta lista, a Quercus salienta que Lisboa “apresenta níveis elevados de poluição desde há vários anos, sobretudo de partículas inaláveis e dióxido de azoto, consistentemente acima dos valores limite impostos pela legislação europeia”.
Para os ambientalistas, a Zona de Emissões Reduzidas introduzida em 2011 para proibir a circulação de veículos mais antigos e poluentes na zona mais central da cidade teve “critérios pouco ambiciosos quando comparados com outras cidades europeias”, além de ter faltado fiscalização adequada.
Contudo a Quercus reconhece que, em 2015, esta Zona de Emissões Reduzidas entrou numa nova fase, restringindo acesso a viaturas com matrícula anterior a 2000 na zona mais central e a 1996, na zona mais alargada.
Em relação à mobilidade sustentável, a associação ambientalista julga que as medidas implementadas pela autarquia da capital têm tido “expressão limitada” ou são pouco ambiciosas.
Na lista das 23 cidades, Zurique (Suíça) surge em primeiro lugar, com o seu “excelente desempenho” a dever-se a um conjunto de medidas que incluem “um forte compromisso das autoridades locais em reduzir os níveis de poluição emitida pelos transportes, a promoção dos transportes coletivos e baixos níveis de poluição atmosférica”.
Copenhaga (Dinamarca) surge em segundo lugar, depois de ter reduzido “substancialmente” o volume de tráfego dentro da cidade. Investiu igualmente na promoção e expensão dos transportes coletivos e modos suaves, como a bicicleta e andar a pé.
Viena (Áustria) e Estocolmo (Suécia) ficaram em terceiro e quatro lugares, enquanto Berlim (Alemanha) ficou em quinto lugar, depois de, na edição do ano passado, ter conquistado a primeira posição.
/Lusa
Se Lisboa e as demais cidades portuguesas quisessem ser serias no combate aa poluicao deveriam generalizar os veiculos a gas natural. Para isso basta abrir postos publicos de abastecimento de gas natural comprimido (GNC), os quais ainda nao existem. Ou entao fazer como a alcaidia de Madrid que proibiu a empresa de autocarros local de renovar a sua frota com veiculos a gasoleo.
Ver sitio web da Associacao Portuguesa do Veiculo a Gas Natural,
http://www.apvgn.pt