A expressão “15 minutos à Benfica” tornou-se famosa em 1972, após um jogo louco com o Feyenoord que os encarnados venceram por 5-1. Mas António Simões tem outra teoria.
Em 1972, a expressão “15 minutos à Benfica” ganhou força depois de um jogo do Benfica com o Feyenoord para a Taça dos Clubes Campeões Europeus. O Benfica treinado por Jimmy Hagan deu a volta à eliminatória depois da derrota na Holanda por 1-0.
Com o Estádio da Luz a abarrotar com mais de 69 mil espectadores nas bancadas, o Benfica abriu o marcador e logo aos 5 minutos de jogo, Nené igualou a eliminatória. Aos 26 minutos, o Benfica passou para a frente com um golo de Jordão.
O Feynoord ainda marcou um golo que colocava o Benfica fora da prova. Mas nos últimos 15 minutos da partida, o clube da luz construiu uma goleada por 5-1 com Nené (81 e 89 minutos) e Jordão (87) a marcarem de novo na partida.
Contudo, o antigo jogador do Benfica António Simões que falhou aquele jogo com o Feyenoord por ter um braço partido, contra outra história.
“Os 15 minutos à Benfica nascem nos primeiros minutos do jogo e não no final”, realça em entrevista ao jornal Record.
Simões nota que o Benfica conseguia, “por várias vezes”, estar a ganhar por “3, 4-0” nos primeiros “15 a 20 minutos” dos jogos. “Isso é histórico, está nos resultados“, sublinha, salientando que “as pessoas podem ver isso com a certeza de que se repetiu muitas vezes”.
“A forma como a equipa entrava, o ambiente que se criava no Estádio da Luz, aquilo era tão empolgante que o adversário via-se aflito, não apenas para parar o adversário, mas também para parar o próprio ambiente, isso era impossível”, destaca ainda o antigo internacional português.
“A qualidade no campo e o empenho e a vontade de toda aquela gente, a empurrar-nos de qualquer maneira para cima do adversário, é fez com que o Estádio da Luz se tornasse num inferno”, e criou também “os tais famosos 15 minutos à Benfica”, conclui Simões.