(dr) FOX
Dois elementos — um matemático e um histórico — explicam o fenómeno que alimentou centenas de teorias da conspiração em redor do icónico desenho animado, acredita Matt Selman.
Donald Trump na Casa Branca, surto de Ébola, Lady Gaga no Super Bowl e até, para alguns, o mais recente escândalo sexual envolvendo o rapper e produtor Sean ‘P. Diddy’ Combs.
Nos últimos 35 anos, Os Simpsons previram dezenas de acontecimentos e alimentaram uma onda de teorias da conspiração, à medida que surpreendiam todos os fãs, que nunca perceberam como é que a série o fazia — alguns chegaram a supor que algum dos escritores da série era vidente.
No passado domingo, o escritor de longa data do ‘cartoon’, Matt Selman, revelou como a “magia” realmente acontece na icónica série.
A resposta que eu dou sempre e que ninguém gosta é que, se estudares história e matemática, percebes que seria literalmente impossível não prevermos as coisas”, disse o produtor executivo à People: “e se disseres coisas suficientes, algumas delas vão coincidir com a realidade: esse é o elemento matemático“, concluiu.
“Depois, o elemento histórico é que, se fazes um programa que se baseia no estudo das tolices passadas da humanidade, vais certamente antecipar as futuras tolices da humanidade, à medida que ela se afunda cada vez mais na tolice. Por isso, não pensamos realmente nisso”, explicou.
O criador de 53 anos não pôde ainda deixar de dar uma ‘bicada’ àqueles que “metem imagens obviamente falsas online” e dizem que Os Simpsons previram coisas “que não previram”.
“Era mais agradável quando as previsões eram apenas de acontecimentos horríveis reais, e não de pessoas que fingiam que nós tínhamos previsto acontecimentos horríveis”, disse: é “muito deprimente e desanimador que as pessoas queiram tanto que a magia seja verdadeira que começam” a inventar cenários que nunca apareceram em “Os Simpsons”.
O fenómeno já tinha sido abordado em entrevista à revista Entertainment Tonight pela voz de Lisa Simpson, que acredita que as previsões estão relacionadas com a durabilidade da série televisiva.
