Nobel da Paz também vai para a Ásia: grupo junta sobreviventes das bombas atómicas

Niklas Elmehed / Nobel Prize Outreach

Nihon Hidankyo teve direito ao prémio por causa dos seus esforços para termos “um mundo sem armas nucleares”.

O Prémio Nobel da Paz 2024 foi atribuído à organização Nihon Hidankyo.

Essa organização no Japão é de sobreviventes das bombas atómicas lançadas em Agosto de 1945 pelos EUA em Hiroshima e Nagasaki.

O Comité Nobel Norueguês justificou a decisão: “Este movimento popular de sobreviventes da bomba atómica de Hiroshima e Nagasaki, também conhecido como Hibakusha, está a receber o prémio da paz pelos seus esforços para alcançar um mundo sem armas nucleares e por demonstrar, através de depoimentos de testemunhas, que as armas nucleares nunca mais devem ser utilizadas”.

O comité acrescentou que este movimento popular, criado em 1956, tem “trabalhado incansavelmente” para aumentar a consciencialização sobre as consequências humanitárias catastróficas da utilização de armas nucleares, cita a CNBC.

“Os esforços extraordinários de Nihon Hidankyo e de outros representantes dos Hibakusha contribuíram muito para o estabelecimento do tabu nuclear. É, por isso, alarmante que hoje este tabu contra o uso de armas nucleares esteja sob pressão”, lê-se no comunicado.

Estavam inscritos 286 candidatos para o Prémio Nobel deste ano; 197 individuais, 89 organizações.

É o segundo dia seguido em que o Prémio Nobel segue para a Ásia: na quinta-feira o prémio Nobel da Literatura de 2024 foi atribuído a Han Kang, da Coreia do Sul.

O Nobel da Química foi para David Baker, Demis Hassabis e John Jumper; o da Física segue para John J. Hopfield e Geoffrey E. Hinton; o Nobel da Medicina é para Victor Ambros e Gary Ruvkun.

ZAP //

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