Dragão eficaz sai ileso de “encosto” minhoto

Manuel Fernando Araújo / Lusa

O FC Porto recebeu e venceu (2-1) o Sporting de Braga, na noite deste domingo, em jogo a contar para a 8.ª jornada da I Liga de futebol. Galeno e Pepê foram os autores dos golos dos dragões. Roger apontou o tento dos guerreiros.

Que sufoco para o Porto. O “dragão” venceu por 2-1, graças, sobretudo, a uma melhor primeira parte e à forma como reagiu ao golo do Braga.

No entanto, os minhotos foram melhores no segundo tempo, chegando a empurrar os homens da casa para o seu terço defensivo, terminando mesmo com mais do dobro dos remates.

Porém, o que conta é a eficácia e, aí, os da Invicta foram mais fortes.

Jogo intenso e emotivo

O Porto foi para o descanso a vencer, mas teve de correr e lutar muito para conseguir marcar, e só de penálti, nos descontos da etapa inicial, por Galeno, que converteu o pontapé após ter ele próprio sofrido falta na área, cometida por João Ferreira.

O “dragão” esteve quase sempre por cima, com mais bola, excetuando alguns contra-ataques perigosos por parte dos minhotos, um deles a obrigar Diogo Costa a grande defesa. Aliás, as duas formações terminaram com o mesmo registo de remates, numa primeira parte intensa.

A segunda metade começou de forma emocionante. O Braga subiu, assumiu a iniciativa e marcou por Roger (54′) num grande pontapé de fora da área.

No entanto, o Porto reagiu e recolocou-se na frente através de Pepê (59′).

O jogo tornou-se nervoso, o Braga pressionou e lançou mais pedras ofensivas no jogo e terminou em cima do “dragão” que, contudo, conseguiu segurar a vantagem até final e três pontos preciosos.

O Jogo em 5 Factos

1. “Dragão” mal no passe

Os 106 passes falhados do Benfica no nulo em Moreira de Cónegos, jogo que ditou a saída de Roger Schmidt, ficaram famosos, e o Porto aproximou-se perigosamente desse registo nesta partida. Dos 475 passes realizados, os portistas falharam 101, segundo valor mais alto da Liga. Aliás, esta foi a segunda partida com mais passes errados no campeonato, 184, menos dois que o tal Moreirense – Benfica.

2. Porto apostou no passe longo

Esta estatística ajuda a perceber um pouco a anterior, dada a dificuldade de completar passes longos, mas a verdade é que os “azuis-e-brancos” apostaram muito neste tipo de entregas, primeiramente para aproveitar os espaços nas costas da defesa bracarense e, depois, no segundo tempo, na tentativa de lançar contra-ataques para tentar fugir à pressão minhota. Ao todo, os “dragões” registaram 61 passes longos, mais 13 que o seu anterior máximo e muito acima da média que registava até este domingo (33). Destes, completou 28 (também recorde portista).

3. Minhotos com muitos remates de longe

O recuo dos portistas obrigou o Braga a usar o remate de meia-distância para tentar marcar (e marcou desta forma, por Roger). Os “guerreiros” terminaram a partida com 18 remates, metade deles de fora da área. A sua média até este encontro era de 3,3.

4. Defesas melhor pelo ar

Tanto Porto quanto Braga bateram recordes no número de duelos aéreos defensivos e ofensivos disputados e tanto uma equipa como outra teve superioridade nos defensivos, com os “dragões” a ganharem 57% de 21 e os “guerreiros” 60% de 20.

5. Roberto Fernández de cabeça no ar

O atacante espanhol do Braga teve a pior nota da noite (4.5), mas é de realçar o seu trabalho nos lances pelo ar. Roberto ganhou os três duelos aéreos defensivos que disputou e quatro dos seis ofensivos.

Melhor em Campo

Wenderson Galeno voltou a ser fundamental em mais uma vitória do Porto.

É certo que o golo que Galeno marcou foi de penálti, mas o extremo foi o mais rematador do encontro, com quatro disparos, dois enquadrados, sofreu a falta que deu a grande penalidade e registou cinco ações com bola na área minhota, máximo da partida.

Resumo

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