Aliança greco-turca vence jogo de xadrez

José Coelho / Lusa

O Benfica manteve o bom andamento desde a chegada de Bruno Lage e venceu no Bessa, por 3-0.

Um triunfo construído essencialmente durante a primeira parte, com golos de Pavlidis e Kökçü, fase em que a equipa da Luz conseguiu alguns bons momentos de futebol ofensivo, com trocas de bola rápidas e combinações que o Boavista não conseguia travar.

O segundo tempo foi de mau futebol e o terceiro tento surgiu apenas nos descontos, por Arthur Cabral. Esta foi a primeira vitória do Benfica fora de portas na Liga 24/25.

Desequilibrado. Foi assim o primeiro tempo no Bessa, com o Benfica a pegar no jogo e a nunca o largar, perante um Boavista com limitações, mas que nunca virou a cara à luta.

Rápidas trocas de bola, triangulações, jogadores soltos e um Kerem Aktürkoğlu endiabrado iam criando vários lances de perigo, e o turco fez mesmo as assistências para os dois golos das “águias”, o primeiro para Pavlidis, o segundo para o compatriota Kökçü.

Os “axadrezados” equilibraram um pouco as operações no segundo tempo, sendo capazes de fechar algumas das vias que o Benfica usou na primeira metade para causar perigo.

Ao mesmo tempo as “panteras” iam construindo alguns lances de contra-ataque, mas a má definição no último passe não permitia grandes ocasiões de golo.

Os “encarnados” passaram a contar com mais espaços, mas tal como os da casa, definiam mal na frente, pelo que o jogo se arrastou com muita precipitação de parte a parte e nenhum golo.

O Jogo em 5 Factos

1. Poucas faltas no Bessa

Este foi um jogo relativamente disciplinado, tendo em conta o habitual da Liga portuguesa. Ao todo foram cometidas 20 faltas (dez para cada lado), apenas mais três que o jogo menos faltoso, curiosamente outro encontro no Bessa, o Boavista-Braga.

2. Inspiração “encarnada” no drible

Apenas o Famalicão (ante o Benfica) e o Sporting (frente ao Arouca), ambos com 17, tiveram mais dribles eficazes que as “águias” neste desafio. A formação de Bruno Lage tentou 27 vezes este gesto, terminando com 16 eficazes. Di María liderou com quatro.

3. “Águia” atraída pelo fora-de-jogo

O Boavista subiu muitas vezes as linhas para complicar o jogo do Benfica e esse facto originou cinco foras de jogo para a formação visitante, apenas menos um que o máximo da Liga, que pertence ao… Boavista na recepção ao Braga. Pavlidis caiu duas vezes em situação de “offside”.

4. Muitas ocasiões flagrantes

O Benfica conseguiu criar cinco ocasiões flagrantes, bem acima da média de 2,6 que registava até este jogo e o máximo que a equipa conseguiu esta temporada na Liga. Dessas desperdiçou três.

5. Mudanças de flanco e passes longos

Os “encarnados” apostaram muito nas mudanças de flanco, algumas com passes longos. Ao todo foram 15 dessas variações de flanco, o triplo da média que a equipa tinha por jogo até ao momento, e 42 passes longos certos em 55, igualmente máximos da temporada para as “águias”.

Melhor em Campo

O argentino Ángel Di María conseguiu o primeiro destaque de melhor em campo esta temporada, com um GoalPoint Rating de 7.4. Não marcou nem assistiu, mas Di María terminou com números que lhe são habituais, dada a sua qualidade ofensiva.

Destaque para uma ocasião flagrante criada, três passes para finalização, um de ruptura, dois cruzamentos eficazes em três, sete passes longos concluídos em oito, 11 progressivos, três super progressivos, quatro dribles eficazes em cinco tentados e quatro conduções progressivas.

Resumo

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