Três mil mulheres são diagnosticadas com cancro ginecológico por ano, em Portugal. Saúde das mulheres ainda é esquecida.
O cancro ginecológico, cujo dia mundial se assinala nesta sexta-feira (20 de Setembro), é um cancro normalmente silencioso e detectado apenas numa fase mais avançada. E, por isso, esquecido.
Em Portugal, cerca de 3.000 mulheres são diagnosticadas com cancro ginecológico, por ano.
Os números apresentados no Fórum Económico Mundial mostram que as mulheres são diagnosticadas mais tarde do que os homens em 700 doenças, salienta em comunicado o MOG – Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos.
É assim reforçada a urgência em consciencializar para a importância da prevenção, do rastreio regular e da atenção aos sinais de alerta.
Diagnóstico tardio e tumor silencioso são duplo problema. É essencial investir na saúde das mulheres.
Exemplos: fazer regularmente o exame do Papanicolau, fazer exames sempre que haja alterações nas citologias, ir regularmente ao ginecologista, ou estar atenta factores de risco. Tudo pode reduzir a possibilidade de consequências mais graves.
“É fundamental que cada mulher saiba ouvir o seu corpo e não ignore sintomas que ao princípio podem não ser nada de especial”, alerta Cláudia Fraga, Presidente da Associação MOG e sobrevivente de cancro do ovário.
A esperança média de vida subiu consideravelmente ao longo das últimas décadas; mas uma mulher passa em média 9 anos com problemas de saúde, mais 25% em relação aos homens.
Os cancros do endométrio, colo do útero, ovário, vulva e vagina são os cinco principais tumores ginecológicos em Portugal, sendo o do endométrio o mais frequente e o do ovário o mais letal.
Em especial, o cancro do ovário que progride de forma silenciosa e com sintomas inespecíficos.