Leões tiram as teimas, vencem dragões e fogem à concorrência

Miguel A. lopes / Lusa

O Sporting foi o grande vencedor do “clássico” ante o Porto. Não assistimos, nem de perto, ao mesmo espectáculo que as duas equipas nos proporcionaram na Supertaça.

Este foi um jogo mais táctico, com alguns momentos de equilíbrio, de alternância de ascendente, mas o “leão” acabou por ser mais forte a criar perigo, com diversas situações para marcar.

Só conseguiu abrir o activo aos 72 minutos, pelo suspeito do costume, Viktor Gyökeres, de grande penalidade, e a partir daqui a equipa de Rúben Amorim nunca mais perdeu o controlo dos acontecimentos, fazendo o segundo nos descontos, por Geny Catamo.

O Porto surpreendeu o Sporting no arranque da partida. Em processo defensivo, os “dragões” apresentavam-se numa espécie de 5-4-1, com o lateral-esquerdo Galeno a fechar no meio e Pepê a fazer de lateral.

Ao mesmo tempo, o meio-campo portista superiorizava-se ao leonino, com os “leões” sem conseguirem, assim, lançar as diagonais de Gyökeres. Porém, o Sporting terminou o primeiro tempo por cima e a criar diversos lances de perigo, com os da Invicta sem rematarem entre os minutos 16 e 41.

O Porto subiu mais no terreno na segunda parte, mais pressionante, mas os espaços que concedia permitiu a Gyökeres estar perto do golo aos 52 minutos, mas Alan Varela tirou a bola em cima da linha.

Porém, o sueco marcaria mesmo, aos 72 minutos, de grande penalidade, a castigar uma falta na área de Otávio sobre o atacante. O Sporting assumiu o controlo o jogo e nunca mais o perdeu, fazendo o 2-0 nos descontos, por Geny.

O Jogo em 5 Factos

1. Sporting criou muito perigo

Demorou, mas aos poucos o Sporting foi crescendo e criando lances de golo. Marcou dois, mas poderia ter marcado três, olhando para os Golos Esperados (xG) que amealhou na partida (3,1).

2. Porto apostou no passe longo

Recuado em diversos momentos do jogo, o Porto apostou no passe longo para tentar surpreender o “leão”. Ao todo realizou 49, quando a sua média até ao momento era de 35. Teve sucesso em 22 desses lances.

3. Leão pouco pressionante

Olhando para o encontro, é verdade que o Sporting jogou bem mais no meio-campo portista, mas em parte foi consentido pelos visitantes. Prova disso o facto de os lisboetas apenas terem realizado sete acções defensivas no meio-campo contrário, enquanto o Porto chegou às 12.

4. “Dragão” com pouco remate

Além de ter registado apenas 0,4 xG, o Porto terminou o jogo só com oito disparos. No primeiro tempo esteve sem o fazer entre os minutos 16 e 41 e na etapa complementar apenas realizou um remate entre os 63 minutos e o apito final.

5. Namaso, um avançado a defender pelo ar

Um número pouco habitual, mas aconteceu. Namaso teve um jogo difícil, com ordens para recuar e ajudar a defender, tendo acabado com o pior rating da noite, um 4.4. Contudo, o que mais salta à vista é o facto de ter disputado seus duelos aéreos e ganho cinco, ambos máximos do encontro.

Melhor em Campo

Mais um grande jogo de Pedro Gonçalves, a realizar um arranque de temporada verdadeiramente imparável. O internacional luso foi o MVP do “clássico”, com números de excelência.

Para início de conversa, assinou nove passes para finalização, batendo o recorde desta Liga que já lhe pertencia, a par de Ricardo Horta, com sete. Dois deles criaram ocasiões flagrantes de golo e um foi assistência para o tento de Catamo. Estupendo.

Resumo

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