A varicela é a “varíola das galinhas”. Porquê?

Deixamos aqui cinco teorias principais sobre a origem desta designação estranha em inglês: chickenpox.

Tal como acontece todos os anos, andam a circular por aí pequenos surtos de varicela, um pouco por todo o país.

Quase todos os afectados são crianças que têm 5 ou 6 anos. A varicela é muito comum entre os mais novos.

Raramente é algo grave: há manchas vermelhas/rosas na pele, bolhas com líquido claro, e pouco mais. Pode haver febre, mas muitas vezes a criança escapa a essa parte.

Já partilhámos aqui que há pessoas (casos raros) que têm varicela mais do que uma vez.

Agora, deixamos outro aspecto interessante sobre a varicela: a sua tradução para inglês – chickenpox.

Claro que, nos dias que correm, nos recordamos logo de outra “pox”, a monkeypox.

“Pox” é varíola. Ou seja, se a monkeypox é a varíola dos macacos, a chickenpox é a varíola das galinhas.

Entre as cinco principais teorias sobre a origem desta designação, recorda o Today I Found Out, a primeira é sobre um erro de um médico, que falou de uma versão mais suave da varíola – doença que entretanto desapareceu. Há cerca de 400 anos, dizem, o médico inglês Richard Morton apresentou o diagnóstico: as pintas deste paciente são uma varíola mais leve. Não eram.

Dois séculos depois, outro médico, Samuel Johnson, reforçou essa designação porque considerava que, já que era uma versão mais suave da varíola, era “de galinhas” – neste caso associado a algo mais “covarde”.

Outra teoria aponta para a Idade Média, quando em inglês se dizia yicche ou icchen – que significavam “comichão”. Ou seja, chicken pode ser uma adaptação de uma dessas palavras, para explicar que esta doença causa comichão.

Também há quem associe o nome ao facto de algumas das manchas parecerem consequência de ataque da galinha com o seu bico.

A última teoria, ainda menos credível do que a anterior, está relacionada com o chickpea (grão-de-bico). Há quem acredite que alguém chamou chickenpox à varicela porque as marcas pareciam grão-de-bico.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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