Tribunal de Moscovo emitiu mandado de captura à revelia por “participação numa associação extremista” e ordenou a prisão de Navalnaya por um período de dois meses a contar da data da sua extradição ou detenção em território russo.
O Tribunal Bassmanni de Moscovo ordenou esta terça-feira a detenção à revelia de Iulia Navalnaya, viúva de Alexei Navalny, líder da oposição russa cuja morte, em fevereiro numa prisão do Ártico, a oposição diz ter sido orquestrada pelo Kremlin.
O Ministério Público russo apresentou uma acusação contra Navalnaya, que vive no estrangeiro, por participar numa associação extremista, pelo que foi declarada procurada.
“Yulia Borissovna (Navalnaya) escapou à investigação preliminar e, por conseguinte, foi colocada na lista de procurados“, declarou o serviço de imprensa dos tribunais de Moscovo na rede social Telegram.
O tribunal satisfez as exigências da investigação e ordenou a prisão de Navalnaya por um período de dois meses a contar da data da sua extradição para o território russo ou da sua detenção na Rússia.
O mandado de prisão do “infame tribunal de Basmanny” mostra “um reconhecimento da determinação de Yulia em continuar a luta de Alexei!”, escreveu no X Leonid Volkov, antigo chefe de gabinete de Navalny.
Navalnaya, que prometeu continuar a causa do marido a partir do exílio, acusa o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser responsável pela morte de Alexei Navalny e afirma que o seu poder se baseia em “desinformação, mentiras, enganos e provocações”.
Navalny morreu subitamente a 16 de fevereiro, um mês antes das eleições presidenciais de 17 de março, em que Putin era o candidato favorito, depois de dar um passeio na penitenciária IK-3 na cidade ártica de Jarp, de acordo com as autoridades prisionais.
A oposição russa acusa o Kremlin de estar por trás da sua morte, enquanto Putin afirma que se tratou de uma morte natural.
Após a morte de Navalny, Iulia Navalnaya prometeu que assumiria a atividade política do marido, e pediu aos seus seguidores que não perdessem a esperança e continuassem a denunciar o governo russo.
Recentemente, também Vladimir Kara-Mourza, opositor de Vladimir Putin que sobreviveu a duas tentativas de envenenamento em 2015 e em 2017, e que está preso com uma pena de 25 anos por “traição”, foi transferido para um hospital por razões desconhecidas.
O russo-britânico de 42 anos foi condenado em Abril de 2023, a 25 anos de prisão por traição e por difundir informações falsas sobre a guerra na Ucrânia. Foi a sentença mais pesada dos últimos anos decretada contra um opositor de Putin.
A repressão na Rússia nos últimos anos levou à prisão dos principais opositores do país, e muitos dos que não foram presos foram forçados ao exílio.
Milhares de cidadãos russos foram detidos por atos de protesto ou por criticarem a ofensiva de Moscovo na Ucrânia, muito dos quais foram condenados a duras penas de prisão.
ZAP // Lusa
Vai chegar o dia em que a Rússia vai ter de emitir um mandato de prisão para o genocida do Putin, já faltou mais!
E é este Assassino Patenteado , que muitos Portugueses e PCP’s apadrinham , neste espaço de Opinião e Comentário ! . Lamentável .