Cotrim dá resultado histórico à IL e Ventura engole um sapo. Direita sai reforçada

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António Pedro Santos / Lusa

João Cotrim de Figueiredo a festejar os resultados nas europeias

A IL consegue o quarto lugar e vai estrear-se no Parlamento Europeu com dois eurodeputados. O Chega fica em terceiro, mas Ventura reconhece que ficou aquém do desejado.

A direita saiu reforçada das eleições europeias, conquistando os terceiro e quarto lugares e a maioria (11) dos 21 eurodeputados.

Um dos maiores vencedores foi a Iniciativa Liberal (IL), que se vai estrear no Parlamento Europeu com dois eurodeputados, e afirmou-se como a quarta força política mais votada nas eleições europeias, pouco atrás do Chega.

João Cotrim de Figueiredo foi o primeiro deputado do partido na Assembleia da República, em 2019, e repetiu agora o feito para o Parlamento Europeu.

A Iniciativa Liberal conquistou 9,07% (357.790 votos) e dois eurodeputados, ficando atrás do Chega que teve 9,79% (386.147 votos).

Nas eleições europeias de 2019, primeiro ato eleitoral a que se apresentou depois da sua fundação em 2017, a IL obteve 0,88% (29.120 votos).

Para Cotrim de Figueiredo, a eleição de dois eurodeputados foi uma “grande vitória” e prova de que o “liberalismo veio para ficar“.

O agora eurodeputado considerou que a IL conseguiu “desmentir aqueles velhos do Restelo que diziam que o liberalismo não tinha hipótese em Portugal”.

“Tem, sim. E hoje provámos e crescemos muito e vamos continuar a crescer porque nós sabemos e vamos gritar todos que o liberalismo funciona e faz falta a Portugal”, atirou.

A IL, que ficou atrás do partido de André Ventura por 28.000 votos, assumiu que ainda chegou a acreditar que era possível ultrapassar o Chega.

“Achei que era possível fazer um bocadinho mais, mas como digo muitas vezes o nosso esforço de tornar Portugal num país mais liberal é uma maratona e hoje demos um passo importante”, frisou.

Também o presidente do partido, Rui Rocha, lamentou ter ficado atrás do Chega “por poucochinho”.

Foi mesmo por poucochinho, foi mesmo por pouco”, frisou.

Apesar de ter ficado atrás do Chega, o líder liberal considerou que a IL “foi mesmo o partido vencedor” das eleições europeias.

Ventura admite falhas

O líder do Chega, André Ventura, reconheceu este domingo que o partido não alcançou o objetivo nas europeias, assumiu a responsabilidade e recusou que o resultado destas eleições possa ser extrapolado para legislativas.

“Há uma notícia que é positiva, que é a entrada do Chega de toda a maneira e em qualquer cenário no Parlamento Europeu. Esse é um cenário que eu também queria saudar”, afirmou.

No entanto, o líder do Chega confessa que falhou no objetivo. “Quando estas eleições começaram, eu estabeleci um objetivo, o objetivo do Chega era vencer estas eleições”, afirmou, indicando que o partido “não atingiu nestas eleições os seus objetivos”.

Discursando no final da noite eleitoral, o presidente do Chega salientou que o partido continua como terceira força política e conseguiu eleger dois eurodeputados naquela que foi a primeira vez que se apresentou a eleições europeias.

Sou eu o único responsável desse resultado. Quero deixar claro ao país, ao país político, que não pense que pode extrapolar destas eleições resultados de eleições legislativas ou de outras”, indicou.

Questionado se a escolha de António Tânger Corrêa para liderar a lista do Chega ao Parlamento Europeu, o líder sustentou que “foi uma boa escolha”. “Tivemos uma boa equipa, não estou nada arrependido, o responsável deste resultado sou eu”, reforça.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. O Tânger Correia foi um tremendo erro de casting. O Chega não tem quadros de qualidade. No Parlamento parecem um bando de malfeitores.

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