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IRS: as diferenças entre os cortes de PS e Governo

José Sena Goulão / EPA

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Por um lado, os socialistas dariam mais dinheiro a algumas famílias, por outro lado tira centenas de euros em casos distintos.

Foi a primeira “bronca” no Governo de Luís Montenegro: logo nos primeiros dias da nova legislatura, a confusão à volta do IRS.

Mal-entendidos à parte, entre os 1.300 milhões do Governo anterior e os 1.500 milhões do Governo actual, a ideia do novo Executivo é baixar o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares em quase todos os escalões; a excepção é o último (quem tem os maiores rendimentos).

Mas, entretanto, há também uma proposta do Partido Socialista (PS) para analisar – que custaria o mesmo, mas tem abordagens diferentes.

O portal ECO destaca as diferenças. O PS quer focar-se nos escalões mais baixos, dar mais vantagens no IRS a quem recebe salários mais baixos.

Na proposta socialista, a poupança no IRS chega ao dobro nos salários entre 1.500 e 2.000 euros brutos.

Em exemplo prático: um contribuinte solteiro que recebe 1.500 euros brutos por mês teria poupança anual de 65,22 euros com a proposta do Governo; e 130 euros com o PS.

Por outro lado, o PS tira até 400 euros numa casa com salário de 3.000 brutos, comparando com o documento da AD.

Para um contribuinte solteiro que recebe 3.000 euros por mês, poupa por ano 438,06 euros com a proposta do Governo – e 230,5 euros se a proposta do PS avançar.

O corte do PS é mais acentuado entre os 2.º e 4.º escalões: entre quase 8 mil euros e 21 mil euros. A redução é menor nos outros escalões.

O Governo desce o IRS em oito escalões. Mas o PS deixa de fora o 8.º escalão (salários entre 52 mil e 81 mil euros), que assim manteria a taxa em 45%. Nos dois documentos, o 9.º e último escalão (acima de 81 mil euros por ano) continua nos 48% de IRS.

Recorde-se que o IRS nos três escalões mais baixos varia entre os 13,25% para salários até quase 8 mil euros anuais e os 23% para rendimentos entre 12 mil e 16 mil euros.

Ainda não terminaram as votações dos partidos (de todos) na Assembleia da República.

O Chega já indicou que se identifica mais com a proposta do PS do que com a proposta do Governo; poderá assim viabilizar o documento socialista na votação final.

ZAP //

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