A Voyager 1 está a disparatar há 5 meses. A NASA descobriu finalmente porquê

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kara brugman / Flickr

Sonda Voyager 1 (conceito artístico)

Uma pequena parte de memória corrompida num dos computadores a bordo da Voyager 1 tem feito com que a sonda envie dados científicos e de engenharia ilegíveis para a Terra desde novembro do ano passado.

Cinco meses depois, já se sabe o que se passa com a Voyager 1: uma pequena parte da memória, num dos computadores de bordo da sonda, está corrompida, o que faz com que esta envie dados sem sentido para a Terra.

De acordo com o comunicado da NASA, este computador, conhecido como o subsistema de dados de voo (FDS), é responsável por empacotar dados científicos e de engenharia recolhidos pelos sensores da sonda e passá-los para a unidade de modulação de telemetria, que os envia para o nosso planeta através de um transmissor de rádio.

No início do passado mês de março, a equipa conseguiu que a Voyager enviasse uma mensagem legível em resposta a um “poke”, isto é, um comando que solicita a leitura da memória do FDS, incluindo o código-fonte e as variáveis (valores usados ​​no código que podem mudar com base em comandos ou no estado da nave espacial).

Com essa leitura, foi possível confirmar que cerca de 3% da memória FDS está corrompida, impedindo o computador de realizar operações normais.

A equipa suspeita de que o responsável por esta falha é o único chip de memória responsável por armazenar a parte afetada do FDS.

Apesar de ainda não terem conseguido determinar a causa do problema, os engenheiros suspeitam de que o chip possa ter sido atingido por uma partícula energética vinda do Espaço ou simplesmente ter-se desgastado com o tempo.

A resolução do problema pode demorar semanas ou até alguns meses, mas a equipa mantém-se otimista de que poderá vir a encontrar uma forma de o FDS funcionar normalmente sem o hardware de memória, permitindo à sonda começar a devolver novamente dados científicos e de engenharia.

A Voyager 1, lançada em 1977, está a cerca de 24 mil milhões de quilómetros da Terra, no Espaço interestelar.

ZAP //

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