Atenção às alergias: Vem aí uma grande convergência de polén e poeiras

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Portugal continental vai ser afetado, a partir desta sexta-feira e nos próximos dias, por uma vaga de poeiras vindas de África e níveis elevados de pólen no ar.

Duas semanas depois, Portugal volta a “receber” poeiras do deserto do Saara.

A tempestade Olivia, oriunda do Norte de África, pode provocar temperaturas atingir os 28ºC, num fenómeno que pode chegar até à Suécia.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), citado pelo Correio da Manhã, para esta sexta-feira estão previstas “poeiras em suspensão a partir da tarde, mais prováveis na região Sul“.

Durante a ocorrência destes fenómenos e face à fraca qualidade do ar, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a população a não fazer esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.

Os cidadãos mais vulneráveis, como crianças, idosos ou pessoas com problemas respiratórios crónicos e foro vascular, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, “devem, sempre que viável, permanecer no interior dos edifícios e, preferencialmente, com as janelas fechadas”.

Os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso e em caso de agravamento de sintomas ligar para a linha Saúde 24 (808 24 24 24).

Poeira + Pólen = muitos espirros

Além das poeiras, Portugal continental terá, a partir desta sexta-feira, níveis elevados de concentração de pólen no ar, em todos os distritos.

O Boletim Polínico da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) alerta especialmente os doentes alérgicos ao pólen e as previsões são para o período de 5 a 11 de abril.

De acordo com as previsões da SPAIC para a próxima semana, Vila Real (região de Trás-os-Montes e Alto Douro) os níveis elevados estão relacionados com as árvores cipreste, plátano, pinheiro, bétula, carvalhos, sobreiro e azinheira e das ervas gramíneas, urtiga e urticáceas (inclui parietária), situação idêntica ao Porto (região de Entre Douro e Minho).

Para Coimbra (região da Beira Litoral), as previsões destinam-se a pólenes dos ciprestes, plátano, pinheiro, carvalhos, sobreiro e azinheira, havendo também no ar grãos provenientes das ervas gramíneas, azeda, urtiga e urticáceas (inclui parietária).

Em Castelo Branco (região da Beira Interior), a concentração estará relacionada com ciprestes, plátanos, pinheiros, carvalhos, sobreiros e azinheiras e também com as ervas gramíneas, azeda, tanchagem, urtiga e urticáceas (inclui parietária).

Na região de Lisboa e Setúbal, a concentração de pólen na atmosfera estará também num nível elevado, com predomínio dos grãos de pólen das árvores plátano, pinheiro, carvalhos, sobreiro e azinheira e grãos das gramíneas, azeda, tanchagem, urtiga e urticáceas (inclui parietária).

Em Évora (região do Alentejo), a concentração elevada abrange cipreste, plátano, pinheiro, sobreiro e azinheira e as ervas gramíneas, azeda, tanchagem, urtiga e urticáceas (inclui parietária).

Já em Faro (região do Algarve), as árvores que apresentam valores elevados são os ciprestes, os plátanos, os pinheiros, os carvalhos, sobreiros e azinheiras e as ervas gramíneas, azeda, tanchagem, quenopódio, urtiga e urticáceas (inclui parietária).

Na Região Autónoma da Madeira, a concentração de pólen na atmosfera encontra-se num nível baixo com predomínio dos pólenes das árvores cipreste e pinheiro e também das ervas gramíneas, tanchagem e urticáceas (inclui parietária); enquanto nos Açores predominam os pólenes das árvores plátano e cipreste (e/ou criptoméria) e também das ervas gramíneas, urtiga e urticáceas (inclui parietária).

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. as universidades portuguesas deviam estudar uma maneira de recolher as poeiras da atmosfera, talvez as pudessemos usar para encher as praias com falta de areia!!!

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