No ano passado, o número de alunos com necessidade de apoio aumentou, mas mais de metade dos alunos sinalizados não têm acompanhamento. Os diretores escolares reclamam por meios e técnicos especializados.
Mais de metade dos alunos sinalizados no âmbito do projeto “Educação Inclusiva” não tem apoios especializados.
O relatório da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), detalhado esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, revela que, do total de 88.682 alunos sinalizados, apenas 39.529 (44,6%) tiveram, pelo menos, um tipo de apoio especializado.
O “Educação Inclusiva” foi lançado em 2018, abrindo portas a todos – “independentemente das características individuais dos alunos”, diz a FENPROF.
Este projeto, que feito principalmente para quem tem mais dificuldades de aprendizagem, trouxe três tipos de medidas – universais, seletivas e adicionais.
De acordo com o matutino, os principais apoios concedidos foram acompanhamento por psicólogos (24.182) e terapeutas da fala (21.758).
A FENPROF divulgou, em janeiro, um inquérito em 85% dos diretores escolares de queixavam da falta de técnicos especializados, como psicólogos, terapeutas da fala e terapeutas ocupacionais.
No ano passado, a maioria dos alunos que tiveram apoios especializado frequentam o Ensino Básico (33.110), especialmente o 1.º (14.658) e o 3.º ciclos (10.100).
O apoio psicológico – dado a 24.182 alunos – tem muito mais presença no Básico do que no o Secundário: 21.128 vs. 2.354.
O relatório da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, relativamente ao ano letivo passado, revelou ainda que o número de alunos com necessidade de apoio aumentou 13%.