Os “ataques de plástico” são a nova ameaça para a nossa saúde

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Uma nova pesquisa descobriu uma associação entre a presença de microplásticos nas placas de gordura das artérias e um risco 2,1 vezes maior de ataque cardíaco nos pacientes com doença da artéria carótida.

Num estudo pioneiro publicado no New England Journal of Medicine, investigadores descobriram microplásticos e nanoplasticos (MNP) nas placas de gordura das artérias de pacientes com doença da artéria carótida, uma condição que estreita as artérias que fornecem sangue ao cérebro devido à acumulação de placas.

Esta descoberta acrescenta à crescente evidência de que os microplásticos, que já foram encontrados em várias partes do corpo humano, podem representar um risco adicional para a saúde.

O estudo envolveu 257 pacientes submetidos a cirurgia para a doença da artéria carótida. Os investigadores analisaram as placas removidas e descobriram que 150 desses pacientes tinham placas com vestígios de polietileno — um plástico comumente utilizado em sacos e garrafas — enquanto 31 tinham placas com cloreto de polivinilo (PVC), um tipo de plástico usado para tubos de esgoto e itens de couro sintético.

Ao examinar as placas ao microscópio, verificou-se que as partículas de plástico dentro das placas eram predominantemente menores do que um micrometro, indicando a sua natureza minúscula, explica o IFLScience.

Durante um período de acompanhamento de quase três anos, o estudo observou que os pacientes com MNP nas suas placas enfrentaram um risco 2,1 vezes maior de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou morte por qualquer causa, comparado com aqueles sem tais fragmentos de plástico.

Embora esta correlação não prove definitivamente que os microplásticos contribuem diretamente para esses eventos de saúde — dado que fatores como dieta, exercício e hábitos de fumar também desempenham papéis significativos —, as conclusões levantam preocupações importantes sobre os potenciais riscos cardiovasculares associados à exposição a microplásticos.

À medida que a presença de microplásticos no ambiente e no corpo humano se torna uma preocupação crescente, este estudo sublinha a necessidade de mais pesquisas para entender completamente as suas implicações para a saúde.

ZAP //

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