“Votei Passos” vs. “Ainda se muda para o Chega”: um discurso que ainda ecoa

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Tiago Petinga / EPA

Passos Coelho em campanha da AD

Pedro Passos Coelho deixou ideias polémicas, na sua primeira (e em princípio única) aparição na campanha eleitoral. “Que venha mais vezes!”.

Não é candidato por nenhum partido. Já foi. Mas Pedro Passos Coelho tornou-se o protagonista da primeira semana de campanha eleitoral oficial para as legislativas 2024.

O antigo primeiro-ministro apareceu na segunda-feira em Faro, ao lado de Luís Montenegro, para apoiar a campanha da Aliança Democrática (AD).

Disse uma frase que deve mudar os votos de muita gente: “Eu sei que o Luís (Montenegro) não deixará de procurar o que lhe faltar para poder fazer o que é preciso“ – estava a falar do Chega sem falar do Chega. O acordo com André Ventura está em cima da mesa, para o antigo presidente do PSD.

Já para Pedro Nuno Santos, Passos Coelho fez um discurso “colado ao Chega” e acrescentou: “O espírito de Passos Coelho vai estar sempre presente nesta campanha porque Pedro Passos Coelho é o PSD e o PSD é Pedro Passos Coelho”.

André Ventura agradeceu e acha que Pedro Passos Coelho vai ser militante do Chega: “Disse aos laranjinhas que ser cópia do Partido Socialista não dá. Basicamente Passos Coelho disse para o PSD pôr os olhos no Chega. Desconfio que, cá para mim, até ao fim desta campanha, deste ano ou da legislatura, Pedro Passos Coelho ainda se muda para o Chega“.

Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda) também agradeceu, mas de forma irónica: “Podia haver algum jovem, ou algum idoso, que se tivesse esquecido do que foi a governação do PSD (entre 2011 e 2015) quando cortou pensões apesar de ter prometido não o fazer, quando mandou os jovens emigrarem… Que venha mais vezes!“.

Rui Rocha é líder da Iniciativa Liberal mas não esconde que votou em Passos Coelho nas eleições legislativas de 2011 e de 2015: “Digo que votei, sem nenhum problema”.

Em relação à parte do discurso de Passos, que associou insegurança à imigração – “Precisamos de ter um país aberto à imigração, mas cuidado que precisamos também de ter um país seguro” – Rui Rocha criticou o PS: “A extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras foi uma péssima decisão”. E alertou que os imigrantes têm de ter garantias de subsistência ao entrar em Portugal; senão, são “empurradas” para diversos crimes, como abusos e tráfico de seres humanos.

Paulo Raimundo (CDU) falou sobre… Jerónimo de Sousa:  “Está rijo e ainda há de aparecer. É melhor que seja o Jerónimo do que o Passos”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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6 Comments

  1. Coitado do padeiro da CDU! O homem é uma autêntica abécula! Fazer pão é muito diferente de combate político. Diz o padeiro: para haver paz não se deve apoiar a Ucrânia! Era perguntar a este pantomineiro se a Rússia se retirasse do seio de um país soberano, isso não trazia a paz.

  2. Veja lá é se não houve um acordo de paz prestes a ser assinado entre a Ucrânia e a Rússia em 2023, mas que um certo país veio logo dizer ao fantoche (ou será pantomineiro?) do Zelensky “nem pensem nisso”…

  3. Luis se alguém defende a Rússia dizem logo vá para a Rússia, e porque não vai o Senhor para a Ucrânia já que a defende tanto, homens como o Senhor deviam emigrar para lá , homens como o senhor fazem lá falta e cá nenhuma também.
    Defendem os EUA, Coreia do Sul, entre outros países porque não se deslocam para lá então? já que estão sempre a mandar os outros?

  4. Deixemo-nos de tretas, em portugal há dois partidos com capacidade governativa que nos possa garantir democracia….PS e PSD, o PS depois de uma decada, simplesmente lançou o caos neste portugal profundo. Pedro Nuno é bom rapaz, mas fez parte desse mesmo caos, será justo o povo dar-lhe mais quatro anos? Efetivamente o povo não tem literacia política. Todos os outros, quem são? Enchem o verbo, falam como dominassem tudo. No entanto Portugal é maior que dizer algumas verdades. Politicamente, saber manter os protocolos externos com os paises das ex-colónias, UE e restodo mundo é um legado que até os dois grandes partidos têm faltado. Já agora aproveito para dizer que a nossa comunicação social tem falhado, não sei se por ignorância ou dolo, na verdade a comunicação parece um cancro que se alimenta de noticias bomba de politicos que não servem em nada o interesse do País.

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