O rácio da dívida pública caiu abaixo dos 100% do PIB em 2023, fixando-se em 98,7%, o valor mais baixo desde 2009.
Estes dados foram publicados nesta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).
O peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB) reduziu-se 13,7 pontos percentuais (pp.) face aos 112,4% registados em 2022, ficando abaixo dos 103% oficialmente previstos pelo Governo e atingindo um ano antes o rácio projetado para 2024 (98,9%).
Este é também o rácio mais baixo desde 2009, quando se fixou em 87,8%.
O valor da dívida já ficou até abaixo do projetado para este ano: 98,9% do PIB.
O portal Eco salienta que este objetivo, de colocar a dívida pública abaixo dos 100% do PIB, foi alcançado um ano antes do previsto.
Já em regime de Governo demissionário, o ministro das Finanças montou uma operação especial – de recompra de dívida, e deu ordem às empresas públicas para pagarem o que pudessem.
No final do ano passado Fernando Medina avançou para várias operações, como compra de títulos de dívida pública a privados, seguradoras e bancos; ou pagamento antecipado de dívida das empresas públicas; ou pagamento das dívidas dos hospitais junto dos fornecedores.
Era um “sprint” de Medina, como retratava o jornal Expresso há cerca de um mês.
A diminuição da dívida pública, explica o BdP, está muito relacionada com a redução de títulos de dívida de curto e de longo prazo, de certificados do Tesouro e de empréstimos.
O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, já tinha sinalizado que o peso da dívida ficaria abaixo da meta simbólica dos 100% do PIB, o que “há muitos anos que não acontecia”.
Numa intervenção de abertura do Fórum Banca, organizado pelo Jornal Económico em Lisboa, Centeno disse que esta redução “não é um epifenómeno, não é uma situação que acontece por acaso”, mas que “resulta de um esforço que passa pelas famílias, empresas e, necessariamente, pelo Estado”.
ZAP // Lusa
É desta natureza e qualidade, o “petróleo” do Largo do Rato.
Agarra, Montenegro! És um triste!