A armadura servia para proteger o braço de um soldado em batalha e estava partida em mais de 100 peças. Estará em exibição a partir de fevereiro no Museu Britânico.
Uma equipa de conservadores dos Museus Nacionais da Escócia completou a reconstrução de um segmento de armadura, um espaldar romano com 1.800 anos, que estava fragmentado em mais de 100 peças.
Este trabalho meticuloso será brevemente exibido numa exposição, relata o Live Science.
Descoberta em 1906 no local do antigo forte romano Trimontium, a sudeste de Edimburgo, a armadura de latão do século II estava em dezenas de fragmentos.
Desde então, as peças estiveram na coleção do museu. O espaldar, que protegia a parte superior do braço, esteve exposta nos últimos 25 anos, enquanto o avanbraço, que protegia a parte inferior, tinha sido emprestada ao Museu Trimontium.
“Este é um objeto incrivelmente raro e é ótimo que esta exposição nos tenha dado a oportunidade de reconstruí-lo. A transformação é impressionante”, explica Fraser Hunter, curador principal de arqueologia pré-histórica e romana dos Museus Nacionais da Escócia, numa nota de imprensa.
Inicialmente, os investigadores pensavam que o artefacto era parte de uma proteção para a coxa usada por um cavaleiro.
Contudo, ao montar o complexo quebra-cabeça, os conservadores perceberam que se tratava, na verdade, de um guarda-braço inspirado em equipamentos similares usados por gladiadores. A peça estendia-se do ombro à mão, protegendo o utilizador em batalha.
“Agora que foi reconstruido, podemos imaginar o legionário que o uso. Era um símbolo de proteção e de status – o latão era caro e teria brilhado como ouro no braço da espada. Oferece uma conexão vívida com este importante período em que a Escócia ficava na fronteira norte do Império Romano”, refere Hunter.
A armadura será exibida de 1 de fevereiro a 23 de junho como parte da exposição “Legião: Vida no Exército Romano” no Museu Britânico.